Na reunião com os parlamentares da base, na última sexta, o governador eleito Pedro Taques fechou as portas aos partidos quanto à indicação de cargos de secretários, conforme o Blog do Romilson já revelou aqui, mas abriu todas as possibilidades de “loteamento” aos outros postos, a partir do segundo escalão, começando por adjuntos, passando por diretorias, superintendências e assessoriais especiais.
Taques não viu naquele momento nenhum deputado estadual ou federal eleito se opor as suas propostas. Disse que precisará de uma trégua de 100 dias, a partir da posse de 1º de janeiro, para avaliar o ritmo de seu governo e “ajustar” as mudanças. Será, então, a partir de abril que abrirá espaço às indicações técnicas e políticas aos aliados. Nesse caso, receberá as demandas, principalmente dos parlamentares, para preencher vagas tanto nas pastas quanto nas estruturais regionais.
Até lá, pretende fazer também revisão em todos os contratos. Segundo o pedetista, muitos cortes previstos, como redução de cargos comissionados, podem até ser evitados, dependendo do resultado da revisão dos contratos e da redefinição das demandas que o Palácio Paiaguás tem hoje com empresas terceirizadas e com fornecedores em geral.
Com orçamento de R$ 13,6 bilhões para o exercício de 2015, o futuro chefe do Executivo estadual conduzirá uma máquina que hoje conta com cerca de 100 mil servidores, distribuídos em 24 secretarias, empresas, órgãos e autarquias vinculados. Dos atuais 6,5 mil postos de DAS, 4,3 mil são ocupados por servidores de carreira. A proposta de Taques é reduzir esse quadro pela metade.
Indicações
Ao mesmo tempo que terá todo o primeiro escalão sob sua indicação pessoal, sustentado pela tese da confiança extrema para promover uma série de mudanças na engrenagem da máquina, Taques enfatizou aos 12 dos 15 parlamentares governistas que estavam presentes à reunião, na sala de transição, que eles já podem fazer indicação de nomes técnicos e de confiança.
Citou exemplo de um técnico que mora em Juara e que já o convidou para integrar a equipe e lembrou que não se trata de indicação do aliado Oscar Bezerra (PSB), que mora no município e se elegeu deputado estadual.
Gilberto Leite/Rdnews
Os estaduais Guilherme Maluf, Wancley Carvalho e Max Russi, o suplente de federal Tampinha e os federais eleitos Ezequiel Fonseca, Victório Galli, Nilson Leitão e Adilton Sachetti, na reunião de sexta