Larissa Malheiros e Patricia Sanches
O governador eleito Pedro Taques (PDT) se reuniu, nesta segunda (3), com o Comando Geral da Polícia Militar para debater sobre pontos do planejamento estratégico da segurança pública no Estado. A área é apontada como uma das mais caóticas da administração, e foi amplamente criticada por Taques durante a campanha rumo ao Palácio Paiaguás.
Para se ter uma ideia, conforme dados da Polícia Judiciária Civil, até setembro foram 330 vítimas de homicídio, em Cuiabá e Várzea Grande. Os dados aumentaram relativamente, uma vez que, em 2012, o mesmo período apontou 266 homicídios. Em relação aos números de roubos com violência, dos 307 roubos ocorridos na Capital até setembro de 2012, neste ano já somam 513, um aumento de 67,1%. No total de roubos registrados, tanto com violência ou sem, até o momento foram registrados 4.225, sendo que em 2012, foram apenas 3.228, equivalente a 30,8% de aumento.
Neste sentido, Taques destacou na reunião que o setor receberá atenção especial em seu governo, com valorização dos profissionais, investimento e adoção de medidas para prevenção ao crime. Durante a campanha, o pedetista mencionou várias medidas, como retomar a Polícia Comunitária, realizar concurso público para aumentar o efetivo e reestruturação do setor, modernizar armamentos, equipamentos e viaturas, além de integrar o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.
O comandante-geral da PM em Mato Grosso, Adriano Denardi, e mais 15 coronéis que fazem parte do Conselho, participaram do encontro que ocorreu na sede do Comando Geral, em Cuiabá. Eles apresentaram ao governador um planejamento estratégico da instituição, com temas para o fortalecimento da polícia e melhoria do atendimento à sociedade. Ainda para esta semana, Taques também deve realizar reuniões com representantes de outras instituições de segurança, como a Diretoria Geral da Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.
Secretário de Segurança
Em relação ao novo secretário estadual de Segurança, nos bastidores a informação é de que o nome mais cotado para assumir o posto é do deputado estadual eleito, Coronel Pery Taborelli (PV). Neste sentido, Taques afirma que ainda não existe nenhum secretário escolhido, muito menos o de Segurança.
O pedetista reconhece que algumas pessoas defendem que o novo gestor seja um coronel, no entanto, a situação que poderia causar divergência com a Polícia Civil. Além disso, Taques explica que se colocar na cadeira um delegado, causará problemas com a Polícia Militar. De todo modo, ressalta que, como governador, escolherá o que é melhor para o Estado independente da posição destas pessoas. (Com Assessoria)