Banco Central mantém pela quarta vez a taxa básica de juros em 11% ao ano

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Comitê ainda espera que a inflação diminua nos próximos meses

A taxa básica de juros, a Selic, permanece pela quarta vez em 11% ao ano. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (3) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) após uma reunião de dois dias.

Desde abril deste ano, o BC mantém a taxa básica de juros em 11% ao ano, esperando que a inflação diminua, mas segundo a última ata do Copom, “as informações disponíveis sugerem certa persistência da inflação, o que reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços”.

Em nota, o Banco Central afirmou que “avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11% a.a., sem viés”.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.

Segundo o Boletim Focus, relatório semanal feito por analistas e investidores do mercado financeiro consultados pelo BC, a taxa Selic permanecerá em 11% ao ano até o fim de 2014 e, no próximo ano, subirá para 11,75%. Com inflação em 2014 de 6,27% — próxima ao teto de 6,5% da meta do governo — e com crescimento do PIB de 0,52%.

Confira no vídeo abaixo as previsões para a inflação e o crescimento do Brasil:

Economistas consultados pelo R7 também já previam a manutenção da taxa básica de juros.

O diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, afirma que como já houve nove elevações seguidas da Selic, e os últimos dados do IBGE apontaram retração econômica, a Selic seria mantida em 11% .

Entenda a mecânica dos juros

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito, diminuem a disposição para gastar do consumidor e estimulam a poupança.

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