Priscilla Silva e Simone Ishizuka
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) desafia o governo de Silval Barbosa (PMDB) para “sentar e bater os números” dos repasses da saúde realizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) ao município de Cuiabá. A proposta foi feita nesta sexta-feira (29) depois de a Secretaria Estadual ter divulgado nota desqualificando declarações de ‘candidatos ao Governo de Mato Grosso’ que estariam “alardeando” o assunto.
“Nós apresentamos ontem um relatório oficial com os nossos números. Ele retrata a mais absoluta verdade. E aí, se o governo quiser, nós podemos sentar na mesa e bater os números”, asseverou Mendes.
O embate resultou em troca de notas entre as secretarias de saúde que contrapõem, entre si, os números dos repasses feitos e recebidos. A primeira manifestação partiu da SES que negou a existência de qualquer débito com a Prefeitura de Cuiabá ao afirmar que “os repasses de competência do Estado para a área de saúde de Cuiabá estão religiosamente em dia”.
Conforme a Secretaria do Estado, “os valores já totalizam R$ 30,2 milhões neste ano, devendo superar R$ 50 milhões com os recursos referentes à média e alta complexidade”.
Porém, contradizendo o anunciado pelo governo do Estado, o município divulgou nota afirmando que atualmente o governo de Silval possui um débito de R$ 2.083.835,50 referentes a não repasses para a Saúde municipal entre os meses de janeiro até a presente data.
Insatisfeita, a SES ainda reiterou a falta de dívida com o município reafirmando também por meio de nota que os dados divulgados tiveram como base “dados oficiais e à disposição da sociedade por meio do Sistema que mantém absoluta regularidade nos repasses dos recursos destinados ao município de Cuiabá”.
Em resposta, o prefeito da Capital ressaltou sua confiança na equipe que apresentou o débito do governo de Silval com Cuiabá e ainda insinuou que o Estado estaria mentindo.
“Nós temos muita confiança, pois o dinheiro entra no nosso caixa. E eu tenho certeza que a nossa equipe deve ter tido muito cuidado, como eu sempre recomendo para colocar números verdadeiros. Não dá pra fazer nenhum debate em cima de mentiras ou muito menos de números equivocados”.