O PSB diz que vai fornecer, no início desta semana, explicações sobre as condições do contrato para utilização do jato que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e mais seis pessoas no último dia 13.
A PF (Polícia Federal) apura se a aeronave foi comprada de caixa dois de eempresas ou do próprio partido. Em suas investigações, a PF encontrou nos registros de transação do jato uma empresa de fachada e empresários sem condições econômica para comprar um avião que custa R$ 18,5 milhões.
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A garantia de explicações por parte do PSB foi feita novamente na manhã deste domingo (24) pelo candidato a vice da sigla, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
— Eu não sei o que a Polícia Federal está falando. E, se está falando, deve apurar antes da falar. A PF não deve falar, ela deve investigar. E, quando decidir falar, tem que estar com a coisa concluída. O que quero dizer é que o partido prestará informações sobre as condições daquele contrato. Nessa semana o PSB haverá de se manifestar nessa direção.
Essa é a terceira vez em que Marina é questionada sobre o assunto e esquiva-se de falar. É Albuquerque quem assume a frente, para cobrar também que as razões do acidente que vitimou Campos sejam explicitadas.
— Continuamos querendo explicações sobre as razões do acidente, por que esse avião caiu, como é que essa caixa preta não tinha nada gravado? Queremos explicações sobre isso.
Conselhos Populares
Marina aproveitou ainda para negar que em seu programa de governo esteja prevista a criação dos Conselhos Populares, medida apresentada pela presidente Dilma Rousseff e que causou enorme polêmica por conta de seu conteúdo.
— Infelizmente, foi entregue uma versão preliminar de um grupo estavadm sistematizando informações, que ainda não haviam passado nem por Neca [Setúbal] nem por Maurício [Rands], que são os coordenadores do programa. E muito menos por mim e Eduardo. O documento que tiveram acesso não foi o que revisamos. Então não posso falar do que não é o programa oficial da campanha.
A ex-senadora explicou que seu programa de governo, que será apresentado no próximo dia 29, “fala de aprofundar a democracia”.
— Isso significa a valorização da instituições e que elas e as representações políticas possam estar ligadas à sociedade brasileira. Para isso é preciso que existam meios de conectar os representantes e os representados. Esse é o esforço que estamos fazendo, respeitando, sobretudo, o desejo que a sociedade tem de melhorar a qualidade da política e das instituições públicas.