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(Atualizada às 22h54) Após receber a notícia de que o candidato ao Senado Federal, Jayme Campos (DEM), havia anunciado sua desistência da disputa, o candidato ao governo Pedro Taques (PDT) seguiu para a casa do democrata, em Várzea Grande. Ele tenta entender os motivos que levaram Campos a deixar a disputa e convencê-lo a mudar de ideia sobre o assunto e seguir em campanha. O pedetista soube da desistência enquanto participava de um ato político do PSB, que teria sido o estopim da crise.
Na noite desta segunda-feira (21), o democrata Jayme Campos afirmou que não concorrerá mais à reeleição ao Senado Federal. Ele comunicou a decisão a lideranças partidárias, em uma reunião em um hotel em Cuiabá e agora conversa com familiares e amigos mais próximos, na sua residência, em Várzea Grande. Sem citar nomes, Jayme afirmou que desistia da candidatura por não se sentir apoiado dentro da coligação Coragem e Atitude para Mudar, encabeçada pelo candidato ao governo Pedro Taques (PDT).
A decisão de Jayme ocorre após uma série de boatos que dão conta que integrantes da coligação estariam apoiando, na prática, seu principal oponente na disputa, o deputado federal Welington Fagundes (PR). “Ele se empenhou em ajudar Taques a ser o candidato, formou de fato uma chapa unida, mas depois das convenções passou a ser deixado de lado. Muita gente sequer citava o nome dele. Na reunião ele nos falou que não se faz política de forma individualista e, por isso, deixava a disputa”, afirma um dos presentes ao encontro.
O democrata já teria comunicado sua decisão a Taques, que agora terá uma nova crise para administrar dentro do grupo. Segundo uma pessoa próxima a Campos, ao ser questionado sobre a probabilidade de mudar de ideia, o democrata tem estado irredutível. “É uma desistência em caráter irrevogável. Estou completamente fora da disputa”, afirmou a interlocutores.
Embora estivesse desgostoso com os rumos da campanha, um fato teria sido o estopim para a desistência de Campos, a negativa por parte de dirigentes do PSB em colocar um banner com a propaganda do democrata em um ato do partido.
O senador só deverá falar à imprensa nesta terça-feira (22) quando emitirá um comunicado ou concederá uma entrevista coletiva. Campos tentava a reeleição e era apontado como favorito na disputa.