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Reportagem do jornal carioca O Globo, desta segunda-feira (21), afirma que a Polícia Federal investiga o pagamento de R$ 4 milhões por parte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, para ficar com a vaga do ex-conselheiro Alencar Soares.
A matéria, assinada pelo jornalista Chico de Gois, não cita a origem da informação, fruto da delação premiada do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mas ressalta a abertura de inquérito por parte da PF.
Conforme Mendonça, que afirma ter emprestado parte do dinheiro usado na suposta negociação, em 2009 ele foi procurado pelo ex-secretário Eder Moraes para viabilizar o pagamento de R$ 2,5 milhões. O dinheiro seria usado para devolver os R$ 4 milhões, pagos por Ricardo a Alencar pela vaga, que já ele teria gasto o montante.
Três anos depois, Alencar, antes de completar 70 anos e ser aposentado da Corte, deixou o TCE para se candidatar a prefeito da cidade de Barra do Garças (509 km a leste da Capital). Após deixar o TCE, Alencar alegou motivos pessoais e não entrou na disputa.
O material divulgado pelo jornal mostra que antes da abertura de inquérito por parte da PF a Corregedoria do TCE negou a abertura de uma investigação, pedida pelo Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral). A Corregedoria é comandada pelo conselheiro Valter Albano.
Outros escândalos – Além do caso de Ricardo, que conforme Gois pediu férias da Corte no mês passado, a reportagem cita outros 2 conselheiros, Humberto Bosaipo, que segue recebendo auxílio-moradia mesmo afastado por determinação judicial, e o próprio Albano, que segue no TCE após impetrar recurso contra uma condenação que previa a perda, por parte dele, da função pública.
A assessoria de imprensa do TCE do Mato Grosso informou que, no caso do conselheiro Sérgio Ricardo, ele não é acusado formalmente de nada e resolveu tirar férias, o que lhe é de direito. Já em relação a Bosaipo, afirmou que a instituição não tem poder de investigação e que os processos aos quais responde são anteriores a nomeação. A assessoria informou que compete ao próprio tribunal definir o número de substitutos dos conselheiros. De acordo com a assessoria do TCE do Mato Grosso, todas as contas de gestores são julgadas no ano subsequente.
Clique aqui e leia a íntegra da reportagem de O Globo, escrita por Chico de Gois