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A Pol¨ªcia Federal, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta manhã (3) a Operação Kamikaze, para desarticular um grupo criminoso que atuava em todo Brasil participando de licitações p¨²blicas. As ações foram deflagradas nos estados de Mato Grosso, onde a investigação foi iniciada, e Rio Grande do Sul.
Um empres¨¢rio acusado de fraudar licitações e obter contratos p¨²blicos de prestação de serviços que ultrapassam R$ 40 milhões foi preso. Ainda não h¨¢ informações dobre o n¨²mero de mandados cumpridos em Mato Grosso. J¨¢ no Sul, policiais federais cumprem tr¨ºs mandados de busca e apreensão na capital ga¨²cha. Participaram dessa ação 25 policiais federais e cinco servidores da CGU.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso participava de licitações p¨²blicas em todo Brasil, principalmente na modalidade pregão eletrônico. O valor oferecido pelo serviço era muito abaixo do valor praticado no mercado, o que viabilizava vit¨®rias em v¨¢rios certames. Parte do serviço contratado era executada, por¨¦m não havia o recolhimento de verba trabalhista nem previdenci¨¢ria. Como as empresas estavam em nome de ¡°laranjas¡± e não possu¨ªam patrimônio, a União acabava respondendo subsidiariamente pelas d¨ªvidas.
Dentre as formas de atuação da organização criminosa estavam a utilização de documentos falsos e a participação de mais de uma empresa do grupo no mesmo processo licitat¨®rio. O empres¨¢rio preso, que possu¨ªa 17 empresas, se tornou o 13o maior devedor trabalhista do Rio Grande do Sul; algumas dessas d¨ªvidas eram em nome de terceiros.
O suspeito j¨¢ havia sido alvo da Operação Freio de Ouro, deflagrada em 2009, e j¨¢ foi indiciado em mais de 20 inqu¨¦ritos na Pol¨ªcia Federal, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran¨¢ e São Paulo. Pela Operação Kamikaze ele ir¨¢ responder por fraude em ato licitat¨®rio e associação criminosa. (Ascom DPF)