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Preso no Complexo Penitenci¨¢rio da Papuda, em Bras¨ªlia, desde o dia 20 de maio, o ex-secret¨¢rio de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes Dias, teve mais um habeas corpus negado neste final de semana. A decisão foi proferida pela desembargadora federal Marilza Maynard, substituta no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na ¨²ltima sexta-feira (27), 2 dias ap¨®s os advogados terem impetrado o recurso na quarta-feira (25). A informação foi confirmada pelo advogado F¨¢bio Lessa que defende Eder em Mato Grosso.
De acordo com ele, o HC foi impetrado pelo advogado Jos¨¦ Eduardo Alckimin, que atua em Bras¨ªlia, em parceria com a defesa de Eder em Cuiab¨¢ feita por F¨¢bio e seu pai, Paulo Lessa. Agora, a defesa vai aguardar o julgamento do m¨¦rito de outro habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF-1), cujo pedido de liminar foi negado. Ele chegou a ganhar liberdade no dia 29 de maio, mas foi novamente no dia 2 de junho, antes mesmo de deixar Bras¨ªlia rumo a Cuiab¨¢.
¨¦der ¨¦ apontado pelo inqu¨¦rito da Operação Ararath investigada pela Pol¨ªcia Federal (PF) e pelo Minist¨¦rio P¨²blico Federal (MPF) como o grande operador do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, envolvendo grandes nomes da pol¨ªtica mato-grossense e o empres¨¢rio G¨¦rcio Marcelino Mendonça J¨²nior, o J¨²nior, dono das empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petr¨®leo Mendonça. As investigações apontam que cerca de R$ 500 milhões foram movimentados ilegalmente, por meio de uma esp¨¦cie de banco clandestino, pois a empresa não tinha autorização do Banco Central para realizar tais operações.
Moraes j¨¢ acumula pelo menos 3 derrotas na tentativa de revogar os 2 mandados de prisão preventiva, sendo uma na Justiça Federal de Mato Grosso, quando o juiz federal Jeferson Schnneider, outra no TRF1 proferida pelo desembargador M¨¢rio C¨¦sar Ribeiro e agora mais uma no Superior Tribunal de Justiça. A defesa tamb¨¦m aguarda o julgamento de agravo regimental no Supremo Tribunal Federal (STF). O recuso começou a ser julgado na semana passada, mas um pedido de vista feito pelo ministro Luiz Fux adiou o t¨¦rmino da votação para depois do recesso da Corte, o que s¨® ocorrer¨¢ no começo de agosto.
Eder ¨¦ tido como o maior operador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, sendo que, conforme o investigado at¨¦ o momento, era ele quem conseguia a liberação de empr¨¦stimos, sem as exig¨ºncias burocr¨¢ticas de praxe junto o empres¨¢rio Junior Mendonça. Os empr¨¦stimos tinham como destino algumas empresas que, por sua vez, repassavam os valores a pol¨ªticos do Estado. Ele est¨¢ preso no Complexo da Papuda em Bras¨ªlia desde 2 de junho.
