CRIMES AMBIENTAIS Alvo de operação da PF, sogro de deputada é preso por posse de arma

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Divulgação/Acesse Notícias

PF cumpriu mandados na casa e nos escritórios de Orivaldo Bezerra, sogro da deputada Luciane Bezerra

O pecuarista Orivaldo Nunes Bezerra, pai do ex-prefeito de Juara, Oscar Martins Bezerra (PSB), e sogro da deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) é um dos alvos da operação Operação Kalupsis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (7) para combater a exploração ilegal de madeira. Na casa dele e nos escritórios, em Juara, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e documentos foram levados por agentes da PF na manhã desta quarta-feira. Juliano Garutti, que é genro de Orivaldo, também é investigado na operação. Ambos foram conduzidos para a delegacia, mas por posse ilegal de arma de fogo e não por crimes ambientais.

A operação acontece em 5 estados onde deverão ser cumpridos 104 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de prisão preventiva e 28 de condução coercitiva, todos expedidos pela Justiça Federal de Juína. Além de Mato Grosso, também são alvos os estados de Rondônia, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A maioria das ordens judiciais, 67 no total, foram expedidas para Mato Grosso, sendo 45 de busca e apreensão, 15 conduções coercitivas e 7 mandados de prisão preventiva.

Primeiro, os agentes passaram pela residência de Orivaldo e nos escritórios onde foram apreendidos documentos. Ele foi detido e levado dentro da viatura em direção à casa de Juliano. Ambos foram conduzidos para a delegacia. Oscar Bezerra garantiu que seu pai e também Juliano não deveriam ser alvos da operação, pois conforme ele, as 3 madeireiras da família, não estão mais em atividade. De acordo com o ex-prefeito, a madeireira localizada em Aripuanã foi vendida há quase 1 ano enquanto as outras 2 que funcionavam em Juara foram fechadas no mesmo período.

Ele informou ao Gazeta Digital, que seu pai, após pagar fiança de um salário mínimo foi liberado, pois em sua casa os agentes da PF localizaram uma espingarda calibre 22, de uso permitido. “Mas em relação ao Juliano, a situação é mais complicada porque na casa dele foi localizada uma pistola calibre 9 milímetros, arma de uso restrito,” disse Oscar. Neste caso, não cabe fiança a ser arbitrada por delegado e somente um juiz pode relaxar a prisão em flagrante.

Com relação aos mandados expedidos pela Justiça Federal de Juína, Oscar garante que foram somente para busca e apreensão. Foram levados documentos como cópias de manejo relativos à época em que as madeireiras da família estavam em funcionamento. “Todos os madeireiros de Aripuanã são alvos desses mandados devido um alto índice de desmatamento. O problema é que eles generalizam e estão atirando para todo lado pra tentar achar os culpados. Meu pai e o Juliano não deveriam ser alvos desses mandados”, contesta o ex-prefeito Oscar Bezerra.

Orivaldo era dono das madeireiras e Juliano era o administrador, por isso, segundo Oscar, estão entre as pessoas com mandados decretado em seu desfavor. “Essa investigação está em curso há mais de um ano por isso envolveu meu pai. A gente decidiu vender a madeireira e fechar as outras. Infelizmente esse setor é marginalizado e todo mundo que trabalha como madeireiro é tachado como bandido. Hoje em dia acho que traficar é melhor do que ser madeireiro,” desabafa o ex-prefeito afirmando que quando as madeireiras estavam em atividade só trabalhavam com manejo sustentável.

Mandados cumpridos

Balanço parcial divulgado pela PF nesta tarde aponta que foram cumpridos, até o momento, 17 mandados de busca e apreensão e realizadas 10 conduções coercitivas. Foram apreendidos 1 veículo Cruze, 1 BMW, 1 Volvo, 1 Land Rover, 1 Saveiro e 1 Blazer. No estado do Paraná foram apreendidos R$ 325 mil enquanto em São Paulo houve a apreensão de R$ 20 mil. De balanço parcial de mandados cumpridos, a PF não detalhou quantos foram cumpridos em Mato Grosso. Segundo a Polícia Federal, os demais mandados continuam em cumprimento, considerando que a maioria dos locais alvos encontram-se na região de Aripuanã e no Distrito de Conselvan, em Mato Grosso espalhados em uma vasta extensão de terras próximas a aldeias indígenas.

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