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| Foto/Marcus Vaillant Construtoras denunciam atrasos que podem comprometer obras e ameçam empregos |
Construtoras ligadas ao Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon/MT) denunciam atrasos nos repasses de verbas do governo federal relativos à execução das obras pelo programa Minha Casa Minha Vida no Estado. Por enquanto, as empresas estão “segurando as pontas” e afirmam que mesmo sem receber os recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), estão honrando os compromissos como salários dos trabalhadores, mas alertam que a situação pode se agravar caso o impasse não seja solucionado. Pelo menos 7 mil unidades habitacionais e cerca 8 mil trabalhadores, com vínculo de emprego direto com as empresas poderão ser prejudicados.
Os atrasos começaram em novembro de 2013 e vem se agravando de lá pra cá atingindo mais de 20 construtoras que são responsáveis por pelo menos 26 empreendimentos localizados em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Sorriso, Sinop, Tangará da Serra e Campo Verde. “Para exemplificar a situação vivida pelas empresas, o tempo médio para o pagamento das medições (obras) executadas era de 48 horas em novembro de 2013 e passou para 21 dias em fevereiro de 2014, sem que tivéssemos nenhuma justificativa para esse atraso”, informa o presidente do Sinduscon, Cezário Siqueira Gonçalves Neto, que recebeu queixa dos associados e promoveu uma reunião nesta quinta-feira (13) para debater o assunto.
Ele relatou que o problema afeta diretamente unidades habitacionais em construção que vão ser entregues a famílias da faixa 1 do programa, com renda mensal de até R$ 1,6 mil, ou seja, casas de interesse social por atender moradores de baixa renda. O problema, conforme Cesário Neto, é tão sério que poderá comprometer a saúde financeira das construtoras, assim como o andamento das obras contratadas e o pagamento dos salários dos trabalhadores. Segundo ele, os salários estão em dia, mas podem vir a atrasar por conta dos atrasos nos repasses do governo federal.
Além de expor o problema para conhecimento da sociedade, o presidente do Sinduscom informa que está tomando as providências necessárias, através da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). As queixas de atraso nos repasses do Minha Casa Minha Vida partem de construtoras por todo o país, conforme informações da CBIC, entidade que está à frente das negociações junto ao governo federal. A CBIC já constatou obras paralisadas do Minha Casa Minha Vida em outros estados.
Outro lado: A Caixa Econômica foi procurada para comentar o assunto, mas até o momento não se posicionou.
