Na tarde desta quinta-feira (13), a presidente Dilma Rousseff voltou a falar sobre as recentes casos de racismo no futebol e recebeu o volante Tinga, do Cruzeiro, e o árbitro Márcio Chagas da Silva, principais vítimas de preconceito nas últimas semanas, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Durante a visita, que contou ainda com a presença do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, da ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Dilma passou por uma pequena saia justa.
Atleticana, a presidente recebeu uma camisa do rival Cruzeiro das mãos de Tinga, mas levou tudo na esportiva e ressaltou a causa maior do encontro.
No dia 12 de fevereiro, Tinga foi hostilizado a cada toque na bola por torcedores do Real Garcilaso, do Peru, em partida da Libertadores. No dia seguinte, Dilma iniciou uma grande campanha em apoio ao jogador nas redes sociais e ajudou a espalhar a hashtag “Fechado com o Tinga”.
Já Márcio Chagas da Silva foi surpreendido após a partida entre Esportivo e Veranópolis, válida pelo Campeonato Gaúcho, com bananas em seu carro no último dia 6.
Além de Dilma, o ministro Aldo Rebelo também já havia expressado seu repúdio contra os atos racistas. Ele, inclusive, chegou a procurar a Conmebol e as federações estaduais para pedir punições.
Além de Tinga e Márcio, o volante do Santos Arouca também sofreu com gritos de “macaco” na partida diante do Mogi Mirim, no Paulistão.