GD
| Foto-Chico Ferreira/Arquivo Presidiário que morreu vítima de overdose estava na PCE desde o dia 7 de fevereiro |
O presidiário David de Souza Mancano, 24, morreu na tarde desta terça-feira (11) dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), vítima de overdose. Ele começou a passar mal por volta das 17h30 e rapidamente morreu sem tempo de ser socorrido pelos profissionais de saúde que trabalham na unidade e foram acionados para socorrê-lo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado e constatou o óbito.
A unidade passou a contar recentemente com o aparelho de raio-x que detecta drogas e armamento, e por este motivo a hipótese levantada pela Sejudh é a de que a droga havia entrado antes na unidade e estava escondida em algum lugar.
David estava preso no local há 32 dias, pois deu entrada no dia 7 de fevereiro. Estava ali provisoriamente devido seu envolvimento em crimes de porte ilegal de arma de fogo e posse de drogas. No raio 2 onde ele estava, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), não é possível afirmar ainda a quantidade exata de detentos, uma vez que por abrigar presos ainda não condenados, o número oscila muito com a entrada de novos e a saída de outros a cada dia.
Quando ele começou a passar mal, os colegas de cela fizeram barulho gritando e batendo nas grades e logo os agentes responsáveis pelo plantão perceberam a situação acionando a equipe médica. O local da morte foi isolado para a perícia das equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e também da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Quando for liberado, será alvo de um “pente fino” com intuito de localizar substâncias e objetos proibidas. Será realizada a chamada “operação padrão”, onde todos os presidiários são retirados das celas para serem vasculhadas pelos agentes.
A Sejudh informou ainda que o diagnóstico de overdose foi apontado pelos profissionais de saúde que atenderam o preso, mas ainda não é oficial. A confirmação virá com os resultados dos laudos que Instituto Médico Legal realizará no cadáver. David era morador de Cuiabá.
