Prefeita se diz aliviada ao saber que ameaças eram falsas

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Welington Sabino/GD


Foto/Reprodução/Facebook
Prefeita Bett Sabah está aliviada, mas prefere aguardar mais um pouco antes de buscar os filhos que foram mandados para outra cidade

A prefeita de Rondolândia (1.600 km a noroeste da Capital) Bett Sabah Marinho da Silva (PT) está aliviada ao saber que as ameaças de morte que ela vinha sofrendo há 10 meses eram falsas, conforme informou a Polícia Civil nesta semana. Ela conta que ficou 14 dias refugiada em Brasília sob proteção da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, até a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), braço da Polícia Civil ser designada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) para investigar as ameaças.

“Estou feliz porque houve uma investigação, o rapaz foi ouvido e disse que inventou tudo. Achei estranho ele dizer que inventou porque queria dinheiro ou emprego. Mas é melhor ouvir isso dele do que conviver com o medo e com as ameaças sem investigação como vinha ocorrendo”, relata a prefeita que ficou sabendo do resultado da investigação através de matéria publicada pelo jornal A Gazeta nesta quinta-feira (06).

Bett disse que ainda não recebeu um retorno do delegado e que por isso vai ligar para ele para saber mais detalhes sobre a conclusão da investigação. “Não podia conviver com uma pessoa que vinha e proferia ameaças dizendo que na semana seguinte eu seria morta porque as armas já estariam compradas”, relata. Há 10 dias que a gestora retornou para Rondolândia com a proteção policial e segue acompanhada do marido, porém longe dos 2 filhos.

Enquanto as ameaças eram ignoradas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) que afirmava não ter condições de colocar equipes para investigar, o casal de filhos da prefeita de 5 e 10 anos de idade foi levado para outra cidade. “Eles ainda não retornaram. Eu e meu marido achamos melhor deixá-los fora daqui atá a situação voltar ao normal. Eles ficaram muito amedrontados com toda essa situação”, relata. Foi preciso a ministra da Presidência da República ligar para o governador e cobrar que ele mandasse investigar as ameaças e ainda garantisse a segurança da prefeita até que o caso fosse esclarecido.

Nos 14 dias que Bett ficou fora do município, o vice-prefeito Jair Augusto Cerqueira, o Jairzinho Crente (PSC) ficou no comando da prefeitura. A cidade de 3,7 mil habitantes está localizada na divisa com o estado de Rondônia, numa zona de alto indíce de criminalidade e apesar disso, só dispõe de 3 policiais militares.

Depois de toda a situação e cobrança da prefeita por aumento no efetivo para garantir a segurança da população, outros 2 policiais de Pontes e Lacerda foram enviados para reforçar o efetivo. “Mas ouvi dizer eles vão ficar por aqui somente até o dia 14 e depois vão embora. Não compreendo a falta de segurança que prefeitos e moradores são obrigados a conviver. Apesar do efetivo ser pouco, o governo do Estado precisa fazer a parte deles e garantir segurança para cidade”, desabafa ela ao agradecer a imprensa por divulgar o fato e ao delegado Flávio Henrique Stringueta da GCCO. “Ele veio aqui em Rondolândia, investigou e ouviu o rapaz que fazia as ameaças. Foi extremamente atencioso, se solidarizou e compreendeu o que eu e minha família estávamos passando ”, relata.

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