Marcos Lemos/GD
Assediado por muitos partidos, alguns inclusive de direita, Julier Sebastião da Silva acabou formalizando às Executivas Nacional e de Mato Grosso do Partido dos Trabalhadores sua disposição em disputar o Governo do Estado e deu prazo até 15 de março para que a legenda se manifeste oficialmente se existe ou não o interesse de ter uma candidatura própria e construa um melhor cenário que não exponha os principais nomes colocados na disputa, o dele mesmo e o do ex-vereador Lúdio Cabral. Ele apontou ainda que não recua de sua pretensão em disputar as eleições deste ano e estaria pronto para o consenso partidário, faltando decidir por qual agremiação.
Julier Sebastião da Silva pediu ainda que os principais líderes do arco de alianças, o governador Silval Barbosa (PMDB), o senador Blairo Maggi (PR), o deputado José Riva (PSD), o vice-governador Chico Daltro (PSD), o presidente do PP, Ezequiel Fonseca, do PMDB, Carlos Bezerra entre outros presidentes dos partidos fossem comunicados da disposição partidária do PT em ter candidato próprio e buscar a reedição do arco de alianças.
Convicto de que as chances de uma disputa com vitórias depende da unidade dos partidos aliados e da campanha eleitoral de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Julier Sebastião da Silva teria apontado para o PT que todos os partidos tem condições de apresentar nomes à disputa, mas que ao se protelar uma escolha para se discutir conjecturas políticas, acaba não se somando nada e só desgastando o grupo que aos olhos da população estaria parecendo meio que sem rumo, mesmo sendo importante esgotar todo o diálogo possível.
Desde que decidiu ingressar na vida política e partidária, Julier Sebastião da Silva percorreu o caminho inverso do hoje seu maior opositor, o senador Pedro Taques (PDT) de quem foi amigo no passado. Enquanto Taques sempre condenou os partidos e os políticos colocando em seu site que era preciso que os homens de bem ocupassem seus lugares, Julier preferiu percorrer os partidos e se colocar como aliado em discussões importantes pelo desenvolvimento de Mato Grosso.
Outra preocupação demonstrada por Julier Sebastião da Silva é no sentido do PT não ter um processo traumático entre ele e Lúdio Cabral, outro pré-candidato a candidato ao Governo do Estado, como no passado recente no qual uma disputa interna entre a então senadora Serys Marli e o então presidente do PT e deputado federal, Carlos Abicalil, pela vaga de senador levou a agremiação a ficar sem um representante federal, vaga conquistada neste ano por uma fatalidade. Segundo ele, um partido maduro, precisaria tomar medidas maduras como acontece em relação a presidência da República, conquistada pelo PT há 12 anos e com amplas chances de se manter no poder por mais alguns mandatos graças às políticas sociais que muitos criticam, mas que melhorou significativamente a vida da população.