Caso Santiago: Justiça aceita denúncia contra manifestantes, que ficam presos até julgamento

Data:

Compartilhar:

Fábio Raposo e Caio de Souza respondem por homicídio e explosão; pena chega a 35 anos

A Justiça aceitou na tarde desta quinta-feira (20) a denúncia do Ministério Público contra Fábio Raposo e Caio de Souza, acusados de matar o cinegrafista Santiago Andrade durante uma manifestação no centro do Rio, no começo de fevereiro. Eles vão responder por crime de explosão e homicídio doloso (intencional) triplamente qualificado, por motivo torpe, sem chance de defesa à vítima e com emprego de explosivo. A pena pode chegar a 35 anos de prisão.

Além disso, a Justiça também converteu as prisões temporárias em preventivas. Desse modo, os dois acusados ficarão presos até o julgamento. Eles estão sendo mantidos em celas separadas no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.

Santiago Andrade foi atingido na cabeça por um rojão durante uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio. Ele ficou quatro dias internado, até ter a morte cerebral confirmada. Antes da cremação do corpo, os parentes doaram órgãos do cinegrafista.

O primeiro envolvido no crime a ser identificado e capturado foi Fábio Raposo. Ele afirmou à polícia que apenas passou o artefato explosivo para outro manifestante, de quem não sabia o nome.

Caio de Souza foi preso uma semana depois da manifestação. Ele havia largado o emprego no hospital Rocha Faria e foi até Feira de Santana, na Bahia, onde se hospedou em uma pousada. O jovem foi convencido pela namorada a parar de tentar fugir e foi capturado por policiais civis. Aos investigadores, o rapaz contou que não sabia de que se tratava de um rojão e que não havia mirado no cinegrafista. Ele ainda revelou que há manifestantes envolvidos em um esquema para receber dinheiro para participar de protestos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas