Para salvar seu casamento, basta seguir esse conselho: pare com as nojeiras!

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Primeiro encontro. Tudo muito novo e delicado, já que a primeira impressão é a que fica. Você quer comover, você faz tudo direito, você finge até ser alguém que não é no dia-a-dia, só para aumentar as chances de outras saídas com esta pessoa gostosa, inteligente, divertida e bem vestida sentada à sua frente.

Vocês já contaram todas as mentiras clássicas.

Ele já abriu a porta do carro, você já jurou não ser ciumenta, ele já riu descontraído ao ouvir seu comentário sobre desejar ter cinco filhos e adotar outros três. O restaurante caro porém vistoso, inclusive, foi escolha conjunta, muito embora sejam os dois proletários e com os nomes incluídos no Serasa.

É, parece que vocês combinam. Pois, então, chega a hora H.

A hora de sacar da bolsa a nécessaire laranja, arrancar um naco de fio dental da caixinha branca, e de começar a limpar os molares durante o jantar.

Ops, um brócolis foi arremessado na direção do rapaz gentil! Veja só, um floquinho de baba pousou no talher dela!

Inadequado? Eu acho. Mas parece que você discorda.

Afinal, você faz nojeiras em frente ao ser amado. Você expõe seu lado podre sem pudores, você pulveriza seus dejetos, cores e sons mais putrefatos na órbita do relacionamento, você descuida do universo particular, você… veja bem, você é um PORCO.

Se não pode passar fio dental no primeiro encontro, por que pode no terceiro dia do quinto ano de casamento? Mano, intimidades desse nível não podem nunca. Tipo: nunca. Mesmo.

Cortar a unha do dedão do pé sentadão no sofá da sala, as lascas afiadas voando em direção à jugular de sua dileta esposa: não. Vasculhar o nariz em busca daquela meleca graúda, puxá-la para fora e fazer dela uma bolinha maciça: também não. Arrotar: não. Peidar: muito menos. Apresentar-se ao serviço conjugal portando axilas catinguentas e/ou quaisquer outras partes pudendas com odores questionáveis: tá me zoando, né?

Isso que não vou nem falar do cocô de porta aberta.

Gente, cadê o encanto? Cadê a preservação daquele loving feeling?

Óbvio que todo mundo tem pereba, inclusive a bailarina. Óbvio que todo mundo solta pum, cheira mal e acorda com bafo. A grande questão aqui, e pode me acusar de machista feminista antiquada ou o que for, não é sexismo nem falta de liberdade.

É, isto sim, BOM SENSO.

Esta pessoa deitada ao seu lado é aquela mesma que você diz querer que te ame por toda a eternidade. E você fazendo tudo isso, convenhamos, não tá ajudando muito.

Você pode até ser uma nojenta brincalhona com suas amigas, pedindo que elas puxem seu indicador enquanto você recita Shakespeare arrotando. Beleza. A diferença é que você não trepa com seus amigos, nem espera que eles sintam tesão por você. Pra facilitar: você puxa pra fora o OB sanguinolento em frente à sua chefe no banheiro? Enfia um cotonete na orelha enquanto toma café com os colegas do escritório? Então não faça isso com seu cônjuge.

Dá uma força aí, brother. Tenha modos, moça. Te garanto que a vida útil do seu relacionamento vai esticar um pouquinho, pelo menos pra que vocês aguentem felizes até o inevitável momento em que o amor acaba – com porquices, ou mesmo sem.

*Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, fatos ou acontecimentos terá sido mera coincidência

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