E a invasão do centro de treinamento do Corinthians continua dando pano para manga. No último domingo (9), após o revés sofrido pelo São Paulo, Rogério Ceni criticou o atacante Emerson Sheik por não ter sido favorável à greve dos jogadores.
“Juridicamente não existe como fazer uma greve se o salário estiver em dia, se tudo estiver certo. O que aconteceu no Corinthians foi terrível, mas tem que analisar posições. Assisti ao jogo de quarta à noite [Corinthians 0 x 2 Bragantino] e um atleta do Corinthians disse que nem sabia por que faria a greve. Eu apoiaria a greve com maior prazer. Agora, se nem dentro do clube se tem o apoio e a consciência disso, é difícil. A gente torce para que invasões não aconteçam mais”, afirmou Ceni, sem citar nomes, depois do jogo com a Macaca em Campinas.
Após a derrota do Corinthians para o Bragantino, na última quarta-feira (5), Emerson Sheik disse que não sabia quais eram os motivos da possível greve dos atletas. “Primeiro é importante entender o motivo da greve. Eu particularmente não sei. Existem, sim, motivos para que um dia essa greve possa acontecer. Quero entender a situação para me posicionar. Não estou dentro nem fora da greve, quero entender para tirar minhas conclusões”, analisou.
A paralisação de jogadores no Paulistão acabou não acontecendo. Na última sexta-feira (7), o presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli, anunciou em entrevista coletiva que a greve prevista não ocorreria. O motivo seria o avanço em conversas sobre segurança com o Estado de São Paulo e as polícias Civil e Militar.