Depois de o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, assinar seu mandado de prisão, o deputado federal e ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), se apresentou à PF (Polícia Federal) na noite desta terça-feira (4) em Brasília.
A PF informou, via Twitter, que o mensaleiro se entregou na penitenciária da Papuda, onde deverá começar a cumprir pena no regime semiaberto.
— [AP 470] A PF informa que o Deputado Federal João Paulo Cunha acaba de se entregar no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A PF recebeu o mandado de prisão no início da noite e informou que já tomava providências para cumprir a determinação judicial.
— [AP 470] A PF informa que acaba de receber mandado de prisão do Deputado Federal João Paulo Cunha. […] Estão sendo realizadas ações para dar cumprimento ao mandado. [sic]
Hoje à tarde, o deputado petista divulgou uma carta aberta na qual disse que o julgamento do mensalão — no qual foi condenado a uma pena de nove anos e quatro meses — foi “muito mais do que um procedimento jurídico foi um show midiático”.
Cunha também disse que a atuação dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) durante a análise do processo “caracterizou-se pela exaustiva espetacularização de uma farsa chamada mensalão”.
A Câmara dos Deputados foi informada sobre a decisão do STF, de prender João Paulo, durante a tarde. O STF enviou a mensagem à Câmara, avisando que a ordem para prender o deputado já estava assinada. A carta, assinada pelo ministro Joaquim Barbosa avisa que será imediatamente iniciada a execução da pena de João Paulo Cunha.
O presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), levou o assunto para a reunião de líderes, e as lideranças parlamentares definiram que vão analisar o futuro parlamentar de João Paulo, que pode provocar a perda de mandato parlamentar, na próxima quarta-feira.
