Deputado federal Nilson Leitão (PSDB) |
O desgaste causado pela aproximação do PR, partido da base aliada ao governador Silval Barbosa (PMDB), com Movimento Mato Grosso Muito Mais foi um dos temas da reunião do grupo que cerca o pré-candidato ao Executivo, senador Pedro Taques (PDT), realizado nesta semana. Presidente do diretório regional do PSDB em Mato Grosso, o deputado federal Nilson Leitão classificou o encontro como uma forma de “lavar a roupa suja” e “colocar em pratos limpos” as últimas movimentações e articulações políticas.
Embora em tom mais ameno, Leitão mantém o posicionamento assumido desde que se tornou pública a aproximação de Taques com os republicanos, a de que o PR, para articular a entrada no grupo, deve abandonar a gestão de Silval, com a entrega de todos os cargos ocupados na gestão.
“Foi uma reunião produtiva, ao qual pudemos discutir todas essas questões que aconteceram ao longo desses últimos dias. Não somos contra a vinda do PR, somos contra o PR querer estar conosco, oposição, mas continuar ocupando cargos no governo. Ou lá, ou cá. O PR é bem vindo se deixar o governo”, salientou.
Durante os últimos dias, DEM e PSDB teceram críticas a uma possível aproximação do PR no grupo. Tanto o senador Jaime Campos, quanto o irmão dele, o deputado federal Júlio Campos, chegaram a ameaçar romper com o grupo.
Leitão ratificou a afirmação de Taques e destacou que não houve discussões para a definição de nomes na chapa majoritária, mas afirmou que o PSDB quer um cargo na chapa. “Na verdade o PSDB não quer, ele precisa estar na majoritária. Não podemos ser meros coadjuvantes. Mas ainda não há nada definido sobre cargo, até porque estamos discutindo primeiramente os projetos do grupo, para num segundo momento se preocupar com indicações de nomes e escolha de cargos”.
