Professores da rede estadual de ensino paralisam as atividades nesta quinta-feira (23) em protesto contra o não pagamento de salário aos profissionais contratados referente ao mês de janeiro. Em dezembro passado, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) emitiu nota em que contestava a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no que se refere à deliberação de portarias da jornada de trabalho da categoria, alegando que não participaram da reunião.
João Vieira Presidente Sintep/MT, Henrique Lopes, e secretário estadual de Educação, Rosa Neide Sanders de Almeida |
Os contratos dos professores temporários venceram em 6 de janeiro. Mas devido a greve, asaulas de 2013 foram estendidas e devem ser finalizadas em fevereiro.
Segundo a Seduc, o contrato com os professores temporários é cumprido normalmente até 23 de dezembro, sendo retomado em fevereiro, época em que se inicia o novo ano letivo. “Isto irá acontecer como previsto, com a diferença que em janeiro será um mês de reposição de aulas”, disse a secretária da pasta Rosa Neide Sanders de Almeida, em dezembro.
Porém, os professores contestam e afirmam que se estão trabalhando devem receber. A categoria teme ter o nome inscrito na Dívida Ativa Estadual, pois foram ameaçados.
Segundo o presidente do Sintep de Várzea Grande, Gilmar Soares, o governo descumpriu acordo, e a paralisação desta quinta-feira (23) é uma advertência. “Vamos paralisar hoje e na próxima semana, e aguardamos uma posição”. Os profissionais se reuniram na avenida Couto Magalhães, naregião metropolitana, para entregar panfletos e protestar.
Greve – Greve atingiu 450 mil estudantes e durou mais de 60 dias, uma das maiores paralisações da categoria no Estado. Durante o período, os profissionais da Educação realizaram diversas manifestações no Estado, receberam apoio dos deputados na Assembleia Legislativa, acamparam no Centro PolíticoAdministrativo e se reuniram com o governador Silval Barbosa (PMDB) em pelo menos duas oportunidades.
Acordo como o governo prevê o pagamento de 5% de ganho real, em março de 2014, 40% da hora-atividade aos professores interinos, outros 30% em 2015, chegando em 70% o valor da verba, incorporando 100% o salário dos servidores contratados, que não são contemplados.