Marcus Vaillant |
A defesa do senador Pedro Taques (PDT), o advogado Paulo Taques afirmou que a decisão do juiz relator do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), José Luiz Blaszak que determinou busca e apreensão do Livro Ata 2010 tem cunho político. “Faz parte do jogo político e tenho certeza que tem intenções políticas. Ninguém tem o que usar contra o senador e tentam apelar”, disparou.
Para o advogado, a decisão lhe causou certa estranheza e ele pediu vista dos autos, quando ficou sabendo da notícia através do Jornal A Gazeta. “Pedi vista dos autos hoje para tomar conhecimento sobre essa decisão. O que me causa estranheza é que essa decisão saiu de repente, sendo que o processo já estava com as delegações finais. Existem vários pedidos de embargos de declaração e agravos em nome do senador e outros que são parte dos processos. Estão pendentes há alguns meses e o processo já estava com vistas para as alegações finais”, salientou.
O fato se deve ao registro da candidatura de Pedro Taques, tendo como primeiro suplente o empresário de Sinop, Paulo Fiuza (PV) e segundo suplente, Zeca Viana (PDT), que desistiu da vaga, para disputar a deputado estadual conquistando uma cadeira na Assembleia. Porém, entre a desistência e a substituição do nome, o que é possível segundo a legislação, supostamente sem conhecimento das partes envolvidas, o então primeiro suplente, Paulo Fiuza foi “rebaixado” a segunda suplência e José Antônio dos Santos Medeiros (PPS) assumiu a primeira.
Paulo Fiuza ingressou com reclamação judicial eleitoral contestando sua condição e pedindo para ser mantido como primeiro, pois há grandes chances de Taques disputar as eleições para o governo do Estado e ele assumir a cadeira do pedetista no Senado.
Mas a denúncia partiu do candidato Carlos Abicalil (PT), que ingressou com a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), no TRE. A decisão do juiz Blaszak que independente do resultado deverá ter consequências ou recursos para as instâncias superiores se arrasta há quase quatro anos.