Um dos integrantes de uma quadrilha especializada em furto de veículos, desarticulada na madrugada desta quinta-feira (14), contou à reportagem da TV Record Brasília que muitas vezes usava o dinheiro para comprar álcool combustível de um posto de gasolina na Candangolândia (DF).
Ele e outras sete pessoas, incluindo uma mulher e um adolescente de 16 anos, faziam parte do grupo. Os acusados aproveitavam o momento em que as vítimas deixavam os carros estacionados para cometer o crime. Em três meses, foram 30 ocorrências registradas na 11ª DP (Núcleo Bandeirante).
O delegado responsável pelo caso, João Carlos Lóssio, explicou que todos os crimes aconteceram no setor de postos e motéis da cidade e não descarta a possibilidade de frentistas e gerentes de postos terem envolvimento direto ou indireto com estes furtos.
— Eles nos disseram inclusive nomes e falaram que quase sempre os próprios funcionários dos postos incentivavam os furtos para comprar os produtos. Vamos investigar isso a partir de agora.
A polícia deflagrou a operação por volta das 23h desta quarta-feira (13) depois de ouvir testemunhas e avaliar todos os boletins de ocorrência registrados pelas vítimas. Com ajuda de imagens cedidas por comerciantes locais, todos os integrantes da quadrilha foram identificados.
— Nossa equipe, no primeiro dia de ação, flagrou um dos integrantes da quadrilha arrombando um carro que estava estacionado no posto com uma pedra por volta das 2h. Fizemos a prisão dele em flagrante e achamos o restante do bando.
Na delegacia, ficou comprovado que das oito pessoas detidas apenas uma não tinha passagem. Todas as demais responderam por furto, roubo, ameaça, tráfico de drogas e porte ilegal de armas em outras ocasiões.
O menor foi encaminhado à DCA (Delegacia da Criança e do Adolescente). Os demais, responderão pelo crime de furto triplamente qualificado, formação de quadrilha e corrupção de menores. Se forem condenados, poderão pegar até 15 anos de prisão.
Agora, o delegado vai investigar individualmente cada um dos presos para descobrir se eles têm envolvimento em outros crimes praticados na capital federal, como o tráfico de drogas.
Assista ao vídeo: