Eraí Maggi deve disputar Senado; definição só em 2014

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Marianna Marimon/GD
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Senador Blairo Maggi ao lado da presidente Dilma e do primo, empresário do agronegócio Eraí Maggi. Cenário eleitoral deve passar pelo senador

Em meio às indefinições do cenário pré-eleitoral de 2014, a alta cúpula do PMDB e do PR reuniu-se em Marilândia, na noite de quinta-feira (17). O governador Silval Barbosa (PMDB), o senador Blairo Maggi (PR), e os deputados federais e respectivos presidentes regionais das siglas, Carlos Bezerra (PMDB) e Wellington Fagundes (PR), estiveram reunidos para dar seguimento às tratativas para as eleições de 2014. Oficialmente, os dirigentes partidários confirmam apenas que o entendimento foi de que a aliança será mantida.

Extra-oficialmente, o senador Blairo Maggi, anunciou que o primo, o empresário do agronegócio Eraí Maggi que se filiou ao PP, não irá disputar o governo e sim, o Senado.

O presidente regional do PR, deputado Wellington Fagundes confirmou que houve a reunião, e disse que foi tratada a questão da união entre os partidos da base aliada. Ao ser questionado sobre o nome de Eraí Maggi, apenas disse que “ainda não se sabe se será candidato, pois a sua família é contra, mas é uma hipótese”, afirmou.

Já o presidente do PMDB, Carlos Bezerra, explica que nada foi definido na reunião. “Sentamos com o Blairo e com o Silval, e as conversas estão afinadas, o grupo está coeso. Vamos trabalhar juntos”, disse.

Contudo, informações extra-oficiais confirmam que o senador Blairo Maggi, durante o encontro, afirmou que as especulações de que Eraí Maggi irá disputar o governo do Estado em 2014, estão equivocadas, e que o primo deve ser candidato ao Senado Federal.

Apontado como o nome que preencheria o vazio de candidaturas para os partidos da base governista, Eraí Maggi surgiu como a opção para o governo, em um cenário indefinido para as eleições de 2014.

Outro nome que surge como opção para candidato ao governo seria o do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que já é anunciado pelo PT, mesmo não tendo se filiado em nenhuma sigla. Nos bastidores, Julier só abandonaria a toga para disputar o governo em 2014.

A situação está no comando do Estado há 12 anos, e todas as pesquisas de consumo interno apontam que o virtual candidato ao governo pela oposição, o senador Pedro Taques (PDT), perderia apenas para o senador Blairo Maggi, que já comandou Mato Grosso por dois mandatos. Maggi já afirmou reiteradas vezes que não irá disputar o governo.

Mas, em meio às indefinições e vazio de candidaturas, Maggi pode ser “obrigado” a disputar, diante das pressões políticas e empresariais, para não deixar que Mato Grosso caía nas mãos da oposição. Nessa discussão também entra a questão nacional, já que para a presidente Dilma, a candidatura de Maggi contribuiria mais.

As candidaturas do agronegócio como de Maurição Tonhá (PR) para governo do Estado e a de Eraí Maggi pelo PP, podem ser apenas balão de ensaio.

A intenção dos líderes é de reeditar a aliança que elegeu Maggi em 2006 e Silval em 2010. Neste cenário, PMDB e PR já admitiram conversas com o PDT de Taques, mas, uma aliança entre estas siglas estaria inviabilizada pelo posicionamento oposicionista do senador pedetista.

Nas eleições de 2014, o PMDB almeja a vaga de vice-governador ou Senado, podendo ser o governador Silval Barbosa para o Congresso Nacional.

Mas, como lembra o deputado Wellington Fagundes, “tudo é conversa, nada é possível ou impossível, e uma definição só irá acontecer em 2014”, apontou.

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