Governo do Estado tem 90 dias para implantar novos leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) em Mato Grosso, conforme decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), autor da ação.
O número é insuficiente e provoca a reação de familiares que precisam da internação urgente de entes queridos na UTI, e muitos aguardam dias pelo leito, o que prejudica a saúde do paciente.Ação se deve à falta de leitos e intensa reclamação dos usuários, que inclusive entram na Justiça para ter o direito à internação. Conforme o Ministério da Saúde, em Mato Grosso existem 698 leitos de UTIs, sendo 412 com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 286 para atender convênios e pacientes com planos particulares.
Um exemplo é o da adolescente Mirelle Santana da Silva, 14, que foi baleada na cabeça no último dia 7 de setembro, no bairro Jardim Botafogo, em Várzea Grande e morreu dias depois.
Familiares aguardaram mais de 24 horas por um leito de UTI no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), e tiveram que entrar com ação na Justiça para conseguir interna-lá. Casos como este, não são exceção, atingindo todas as classes sociais.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT), por meio de assessoria, 75 novos leitos de UTIs devem ser implantados nas cidades de Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Alta Floresta. Informou também que o prazo não teria sido estabelecido, mas que o processo já está em andamento. O custo aproximado de cada UTI é de R$ 300 mil.
