O PSD deverá contar com três deputados federais já que o primeiro suplente Roberto Dorner se efetivará na vaga do deputado federal Pedro Henry (PP) nos próximos dias. Isso porque, o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu, os embargos de declaração interpostos pelo progressista contra a condenação no processo do Mensalão que prevê 7 anos e 2 meses de reclusão em regime semi-aberto, além da decretação da perda do mandato.
A defesa de Henry, no entanto, ainda acredita que o Supremo ainda possa autorizar que as defesas dos acusados ingressem com os chamados embargos infringentes, visando reverter à punição. Neste caso, o progressista teria novo fôlego na busca por reformar, ao menos, parte da condenação.
De todo modo, o coordenador da Bancada Federal, deputado Eliene Lima (PSD), acredita que a vaga será do correligionário após a decisão final do caso. Dorner, inclusive, já chegou a atuar como deputado federal, graças ao esquema de rodízio. “Em breve ele [Dorner] ocupará a vaga”, ressaltou em entrevista ao RDNews. Dorner foi eleito suplente quando ainda era do PP. Com a criação do PSD, acabou migrando para o partido social-democrata.
Além de Eliene, a bancada do PSD mato-grossense também conta com Homero Pereira. O parlamentar, no entanto, está licenciado para tratar do câncer no estômago.
Com essa decisão, o PP pode requerer a vaga, pois algumas correntes acreditam que a vaga é do partido e que Dorner cometeu infidelidade partidária. Eliene, porém, lembra que Dorner consultou a Justiça Eleitoral que, por sua vez, assegurou que a mudança para um novo partido não acarreta na perda do cargo. “O Tribunal Superior Eleitoral já nos deu aval na discussão passada”, lembra.
Em 2012, o PP já travou uma briga do STF com o PSD, por causa da vaga. Na ocasião, o segundo suplente Neri Geller (PP) e a Executiva entraram com uma liminar para impedir Dorner de ocupar a vaga alegando infidelidade partidária por parte do social-democrata. Na oportunidade, o STF negou a liminar e o primeiro suplente continuou na Câmara Federal.