Agentes suspendem greve e retomam negociações

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Marianna Marimon/GD

Os agentes penitenciários decidiram suspender a greve deflagrada na sexta-feira, 26 de julho, em assembleia realizada durante a tarde desta sexta-feira (2). A greve foi suspensa com o entendimento de que o governador Silval Barbosa (PMDB) tem o prazo para recebê-los até a próxima sexta-feira (9). Na noite de quinta-feira (1º), o governador se reuniu com os grevistas e pediu pelo fim da greve, para que fossem retomadas as negociações, garantindo que irá cumprir os 10 pontos reivindicados.

Conforme João Batista, o governador demonstrou ser favorável aos dez pontos que haviam sido acordados junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em dissídio coletivo, que não foi cumprido pelo governo, motivo para a greve ter sido deflagrada pela segunda vez neste ano.

O governador havia afirmado que não iria negociar com grevistas, mas, desde o último final de semana, os presídios vivem momentos de tensão, sendo que os detentos e familiares estão revoltados pela suspensão das visitas.

No sábado (27), familiares fecharam a via pública do Carumbé e atearam fogo em troncos de madeira. Informações constam que os detentos também têm depredado as celas, além do que, ônibus foi queimado ontem, na Capital, e detentos já afirmaram que novos ataques devem ocorrer nesta sexta-feira, caso a greve não fosse suspensa.

Entre os pontos reivindicados pelos agentes penitenciários, constam o encaminhamento de lei para adicional de insalubridade, e inclusive com perícia para aferir grau de insalubridade; discussão sobre a tabela salarial; convocação de efetivo emergencial; exigência de nível superior para concurso; cronograma de capacitação; compra de armamentos e equipamentos; regulamentação da força armada; e criar a Corregedoria do Sistema Penitenciário, bem como alteração em leis complementares.

Em Mato Grosso, são 2,2 mil servidores divididos entre agentes penitenciários, assistentes e profissionais de saúde de nível superior, entre médicos, psicólogos, dentistas e outros. A greve atinge as 65 unidades prisionais existentes no Estado.

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