Dólar fecha acima de R$ 2,28 e atinge o maior nível desde março de 2009

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Alta da moeda norte-americana no exterior estimulou a valorização no Brasil

Agência Estado

Com a maior cotação do ano, Dólar fecha acima de R$ 2,28John Foxx/ Stockbyte/ Getty Images

A alta do dólar no exterior, onde os investidores buscaram segurança antes da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), estimulou a valorização da moeda norte-americana no Brasil nesta terça-feira (30). A disputa entre os investidores comprados e vendidos para a determinação da Ptax, na quarta (31) também influenciou os negócios. O Banco Central apenas observou o movimento, apesar de o dólar encerrar acima de R$ 2,28. A divisa dos EUA terminou o dia com alta de 0,53% no mercado de balcão, a R$ 2,2810 – maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2009, quando marcou R$ 2,3180.

Profissionais de câmbio disseram que, ao se aproximar de R$ 2,28, a moeda tornou-se atrativa para os exportadores, que decidiram internalizar recursos. Com isso, forçaram a desaceleração dos ganhos. Segundo o diretor da corretora Fourtrade. Luiz Carlos Baldan, o mercado hoje também foi influenciado pela formação da Ptax.

— Com a disputa entre comprados e vendidos. Cada investidor puxa o dólar para um lado.

Posições compradas são favorecidas pela alta do dólar, enquanto as vendidas são beneficiadas pela queda das cotações.

Na reta final dos negócios, o dólar voltou a acelerar e chegou a ser cotado a R$ 2,2820 (+0,57%) às 15h57 – a máxima do dia e o maior patamar intraday desde 1º de abril de 2009, quando bateu R$ 2,3080 no balcão. Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a busca por segurança, antes do fim da reunião do Fed, na quarta-feira, justificou a pressão de alta para o dólar.

— O mercado está cauteloso, esperando que o Fed dê alguma sinalização sobre a redução de estímulos à economia dos EUA. Apesar de o dólar ter feito preço na semana passada em função de notícias de que os estímulos serão mantidos, hoje os investidores buscaram segurança.


Na quarta-feira, além do Fed e da formação da Ptax, os investidores vão observar a divulgação do PIB  (Produto Interno Bruto) preliminar dos Estados Unidos, no segundo trimestre. Se o dado for bom, a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar, em meio à percepção de que o PIB reforça a expectativa do início da redução dos estímulos. A agenda traz ainda a divulgação do fluxo cambial no Brasil na última semana.


Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,235 bilhões. O dólar pronto na BM&F teve alta de 0,53%, a R$ 2,2795, com dois negócios. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2830, em alta de 0,48%, enquanto a moeda para setembro subia 0,52%, para R$ 2,2990.

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