Foi agendada para as 9 horas do dia 11 de julho a audiência de tentativa de conciliação entre o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde.
Na sexta-feira (28) foi concedida parcialmente a liminar requerida pelo sindicato patronal. O despacho do desembargador Edson Bueno, vice-presidente do Tribunal, determinou que seja mantido em atividade 70% do trabalhadores nas UTIs e 50% nos centros cirúrgicos, pronto atendimento e pronto socorro, e nos demais locais a manutenção de no mínimo um enfermeiro por setor. O descumprimento implicará em multa diária de 5 mil reais.
Na ação cautelar o patronato pedia a suspensão da greve, sob a alegação de ser ilegal, ou a manutenção 75% dos enfermeiros nas UTIs, centros cirúrgicos, pronto atendimento e pronto socorro e 50% nos demais setores. Pelo descumprimento foi pedido multa de 10 mil reais por dia.
De acordo com a assessoria jurídica do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, eles irão protocolar, ainda nesta terça-feira, um pedido de antecipação da audiência de tentativa de conciliação, uma vez que entendem desnecessário esperar até o dia 11 de julho. Um grupo de profissionais de enfermagem reuniu-se na manhã desta terça frente ao TRT/MT.
No primeiro dia da greve nesta segunda-feira (1º), a paralisação envolveu, segundo o sindicato os cerca de 1,2 mil profissionais que atuam em Cuiabá e Várzea Grande. A greve atinge na Capital os hospitais principais hospitais como: Santa Rosa, Amecor, Hospital de Câncer, Jardim Cuiabá, Hospital Geral, Santa Casa, Clínica Femina.
Em Várzea Grande, também afeta o atendimento nos hospitais São Lucas e Santa Rita. Conforme o Sinpen, a greve foi deflagrada porque não houve acordo de reajuste salarial. O sindicato reivindica salário base de R$ 1 mil para os técnicos de enfermagem que hoje recebem R$ 827 e o piso de R$ 2 mil para os enfermeiros, cujos salários em vigor é de R$ 1.6 mil. Pedem ainda que o valor da cesta básica hoje fixado em R$ 120 seja de R$ 200.
Porém, as conversas com os sindicato que representa os estabelecimentos não resultaram em acordo, pois a contraproposta apresentada foi de aumentar apenas R$ 10 no preço da cesta básica que passaria para R$ 130, e 6% de aumento salarial para as 2 classes. E por isso a greve foi deflagrada. Não está descartada a possibilidade de os profissinais da rede municipal de saúde também aderiem à greve, mas reivindicando melhores condições de trabalho, pois faltam leitos, faltam medicamentos e faltam melhores condições de infraestrutura nas unidades mantidas pelo município, em especial o Pronto-Socorro de Cuiabá.
Em nota, o Sindessmat diz que está aberto ao diálogo com a categoria de trabalhadores e alega que as “negociações ainda estavam em andamento quando foi declarada prematuramente a greve, pois a data base dessa convenção é em julho tendo ainda o mês inteiro para se tentar um acordo”. Diz que ofereceu um reajuste de 6% no piso salarial, R$ 130 de cesta básica e R$ 700 de piso para cálculo da insalubridade, “mas a proposta foi recusada pelo Sinpen que se manteve irredutível e pede um reajuste de 31% para os enfermeiros e 28% para os técnicos de enfermagem, o que é inviável e fora da realidade econômica do país”.
Informa que na oferta do Sindessmat o técnico de enfermagem passa a ter R$ 877,23 como piso salarial mais R$ 130 de cesta básica chegando num total de R$ 1.007,23. O enfermeiro passa a ter salário de R$ 1.718,71, mais cesta básica de R$ 130 um total de R$1.848,71