A Farmácia de Alto Custo se encontra fechada nesta segunda-feira (1º) devido a falta de repasses do governo do Estado, sendo que já se acumulam seis parcelas do valor de R$599 mil/mensais, o que totaliza R$3,6 milhões em atraso. No próximo dia 10, vence mais uma parcela, o que fará o montante subir para R$4,2 milhões.
O secretário de Saúde, Mauri Rodrigues está reunido nesta tarde para solucionar a situação, a fim de que o serviço seja regularizado. Após a reunião, a Secretaria de Saúde deve se posicionar sobre os repasses.
Conforme o diretor da unidade que é gerida pela Organização Social de Saúde (OSS), Instituto Pernambucano de Saúde (Ipass), Sílvio Machado, a Farmácia de Alto Custo chegou a abrir nesta segunda, mas com apenas dois farmacêuticos no atendimento, tiveram que fechá-la.
“Na última sexta (28), fizemos o último contato com a Secretaria, porque além da folha de pagamento em aberto, não havia vale transporte, o que fez com que a maior parte dos nossos colaboradores não tivesse como vir ao trabalho”, explicou.
De acordo com o diretor, após reunião em que o governo definir como efetuar o pagamento dos repasses em atraso, devem levar aos colaboradores, que irão decidir se voltam ao trabalho. “Levaremos à equipe para fazer a interlocução da proposta do governo, mas em conversa na manhã de hoje, os trabalhadores deixaram claro que querem dois pontos: solução do pagamento da folha imediatamente, e garantia de regularidade, já que os atrasos tem sido recorrentes”, disse.
Além da folha de pagamento, Silvio observa que os fornecedores também estão sem receber. “Entendemos a dificuldade do governo, mas tentamos administrar e está muito difícil, por isso, tivemos que fechar as portas. A Secretaria de Saúde tentará fazer ao menos um repasse ainda hoje”, informou.
Caso os trabalhadores concordem em reabrir a Farmácia após quitar a folha de pagamento, o serviço será regularizado, mas Silvio não garante o posicionamento dos mesmos. “Sofremos muito estresse, pois, estamos na linha de frente com os pacientes, sendo que não governamos as decisões, então, não podemos dar garantias”, lamentou.
As parcelas em atraso são referentes aos meses de novembro e dezembro de 2012, e também março, abril, maio e junho de 2013, tendo sido pagos neste ano apenas os valores de janeiro e fevereiro.