O senador Pedro Taques (PDT) criticou o governo estadual quanto ao pagamento de R$ 10 milhões a mais para as Organizações de Saúde (OSs) e classificou o ato, apontado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), como “privatização da malandragem”, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, na Rede Record.
“O TCU revela que o Estado passou, a maior, para as OSs R$ 10 milhões. Para mim, isso é a privatização da malandragem. O modelo de Organização Social não deu certo e é preciso ter humildade para reconhecer que foi uma política de saúde equivocada”, afirmou Taques.
Segundo o pedetista, crítico “implacável” da gestão Silval Barbosa (PMDB), uma das funções de um senador é fiscalizar a aplicação de recursos. “Nada pessoal contra o governador, mas a gestão feita em relação à saúde, à educação, à segurança, tem que ser fiscalizada”.
O senador afirmou que o Estado investe os 12% constitucionalmente, mas investe mal. “Isso é dito pelo próprio Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE). Não estou inventando isso. Segundo o TCE, a saúde de Mato Grosso vai muito mal. Conforme o TCU, houve compra de remédios com sobrepreço, remédios pagos acima do valor, houve repasse a maior para as OSs. Portanto, não é só investir, e sim saber como se investe.
Para Taques, o ideal seria investir em saúde preventiva, nos agentes comunitários, nos agentes de combate às endemias, na saúde curativa através dos hospitais regionais, por meio da descentralização dos procedimentos de alta complexidade.
O senador lembrou que na campanha de 2010, o governador prometeu 120 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Até agora foram edificadas apenas 11. O governador se comprometeu a edificar o Hospital da Criança. Até agora isso não saiu. Ele prometeu que todos os municípios teriam uma representação do Samu. Hoje o samu está em 4 ou 5 regiões, em 56 municípios. Isso é muito pouco e mostra que não se está investindo conforme determina a Constituição e a boa gestão pública”.
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