Conselheiros estaduais de saúde, o secretário da pasta, Mauri Rodrigues, e a ouvidora do Sistema Único de Saúde (SUS), Edna Marlene da Cunha Carvalho se reuniram nesta quarta-feira (5) para discutir a falta de medicamentos na Farmácia de Alto Custo e inúmeras caixas de medicamentos vencidos que foram descartadas recentemente.
Conforme Edna, há mais de um ano 104 medicamentos estão em falta na Farmácia de Alto Custo, a maioria deles essenciais para que pacientes com doenças graves não venham a óbito.
Edna citou como exemplo pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal, lupus e transtornos psiquiátricos, como depressão e síndrome do pânico.
A ouvidora foi enfática ao afirmar que todas as vezes que cobra do Governo do Estado resultados para o problema, ouve como resposta que licitações estão sendo realizadas e que os processos de aquisição serão feitos. Tanto Edna quanto os conselheiros, porém, garantem que não veem resposta positiva do governo.
“O fato é que pessoas estão morrendo por falta dos medicamentos”, desabafou Edna.
Ela prometeu investigar e descobrir quem é o culpado pelo caos no setor, se é o governo estadual, federal ou se é o secretário de Saúde.
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) abriu sindicância para apurar as responsabilidades sobre dezenas de caixas de medicamentos vencidos que deveriam ser distribuídos à população na Farmácia de Alto Custo. Técnicos da Auditoria Geral do Estado (AGE) vão, nos próximos dias, analisar o material e a documentação da compra destes produtos para tentar saber por qual motivo os remédios ultrapassaram o prazo de validade antes de serem entregues. A denúncia da existência de lotes causou revolta em dezenas de pacientes.