Anvisa mantém venda de emagrecedor sibutramina

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O conselho da Anvisa decidiu manter a venda e o monitoramento de medicamentos a base do emagrecedor sibutramina no Brasil. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (27) e foi fundamentada em monitoramento de mercado do medicamento nacional ao longo de 2012. O conselho também sustentou as restrições já existentes para a venda do produto. Dessa forma, as regras para o uso da sibutramina permanecem os mesmos adotados em outubro de 2011.

Naquele ano, a agência publicou regulamento que aumentou o controle sobre a sibutramina e estabeleceu a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina.

Desde dezembro de 2011, a sibutramina, indicada para tratamento de obesidade, tem regras mais rígidas para prescrição. Os efeitos colaterais também passaram a ser acompanhados. A mudança é reflexo de uma longa discussão, iniciada em fevereiro de 2011, que terminou com a proibição do uso de emagrecedores derivados de anfetamina.


Quando a análise começou a ser feita, o cancelamento do registro da sibutramina também foi cogitado. Defensores da proibição usavam como argumento resultados de um estudo, encomendado pela agência europeia de vigilância, que indicava aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram o medicamento.

Entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, o número de notificações de efeitos colaterais passou de dois para cinco ao mês. Apesar do aumento de 150%, técnicos da Anvisa avaliam ter havido uma queda proporcional. Os números, afirma, não podem ser considerados sem uma contextualização.


A sibutramina é um remédio voltado para casos de obesidade. Seu uso pode causar dores de cabeça e insônia nos primeiros dias. Já outros sintomas, como sensação de boca seca e intestino preso, podem persistir por mais tempo.

A sibutramina só pode ser adquirida com receita médica. O estabelecimento poderá ser multado e até mesmo fechado caso a medicação seja vendida sem prescrição. Além disso, seu uso indevido pode levar a pessoa a sofrer um ataque cardíaco.

Por causa dos efeitos colaterais, quem acredita que está nessas condições deve buscar ajuda médica, segundo a endocrinologista Claudia Chang, membro da SBE (Sociedade Brasileira de Endocrinologia).

— Normalmente o endocrinologista, quando prescreve a medicação, avalia riscos e contraindicações ao uso, o que minimiza muito as complicações.

Ressalta-se que esse medicamento deve ser utilizado em parceria com alimentação saudável e exercícios físicos.

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