O governador Silval Barbosa (PMDB) reafirmou nesta quarta-feira (22) durante solenidade no Palácio Paiaguás, que não troca o secretário de Saúde Mauri Rodrigues de Lima e garantiu que não vai mudar para atender os deputados do PP que querem a saída secretário.
“A saúde não é brincadeira e não vou tirar secretário para satisfazer “ego” de deputado. Se os deputados PP, querem deixar a base de apoio o que eu posso fazer?”, disse Silval.
Na manhã de hoje os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, aproveitaram a sessão para pressionar o governador Silval Barbosa (PMDB) acerca da saúde pública do Estado.
A discussão começou com denúncias apresentadas pelo deputado José Domingos Fraga (PSD), sobre a judicialização da saúde no Hospital Regional de Sorriso, que é gerido por Organização Social de Saúde (OSS). Na oportunidade, Antônio Azambuja (PP) deu o ultimato ao governador: ou escolhe o PP ou o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues.
“O governador não pode dar essa irresponsabilidade que acontece na saúde ao partido. O deputado Emanuel Pinheiro (PR) utilizou a tribuna para defender o secretário, então, que tenha ele na sua cota partidária e não do PP. Não seremos responsáveis por mortes de pacientes”, criticou Azambuja.
Domingos Fraga apresentou denúncia que consta relatório com 10 processos judiciais referentes ao Hospital Regional de Sorriso. “Se o hospital não funciona porque é chamado de Regional ?”, questionou.
O deputado Ezequiel Fonseca (PP) também pressionou o governador afirmando que o partido não irá compactuar com a permanência de Mauri Rodrigues no cargo. Sob indicação do PP, Mauri não atendeu as expectativas do partido, e a sigla pressiona o governador para que seja indicado novo nome.
O governador recebeu nesta quarta (22), relatório sobre a saúde produzido pela Casa Civil . Contudo, a bancada do PP na Assembleia Legislativa deu o ultimato, e afirma que irão mudar a atuação na Casa de Leis e irão contra o governador.
“Não vamos mais esperar, ou o governador escolhe o Mauri, ou escolhe o PP. O secretário está a 100 dias sem assinar permissão de compra de medicamentos para a Farmácia de Alto Custo, sendo que o governador garantiu a liberação do recurso, mas não sei porque o Mauri não paga”, criticou Azambuja.
Azambuja e Márcio Pandolfi (PDT) declararam que a crise na saúde é falta de vontade política. O deputado Pandolfi que tem atuado na oposição declarou que é necessário um choque de gestão para solucionar os problemas.
O presidente da AL e líder do governo, Romoaldo Junior (PMDB) tentou amenizar a tensão durante a sessão, e pediu mais diálogo junto ao governo e auxílio para terminar o mandato. Romoaldo também defendeu a gestão das OSSs e garantiu que funcionam em municípios como Rondonópolis e Alta Floresta. (Colaborou M.M.)