Agentes do serviço social inglês estão sendo acusados de falhar em prevenir a morte de um bebê de 13 meses, morto pelo namorado de sua mãe.
Segundo denúncias, o pai da criança teria feito diversos avisos formais às autoridades semanas antes de o pequeno ser assassinado em Durham, no nordeste da Inglaterra.
O bebê, Slater Sharkey, foi abusado repetidas vezes por Richard Morgan, que morava com Rachel Peacock, mãe da criança. As informações são do tabloide britânico Daily Mail.
Quando o menino morreu, em dezembro de 2010, ele tinha o corpo coberto por 25 hematomas, da cabeça aos pés.
O pai dele, Carl Sharkey, havia denunciado que o menino corria riscos, mas o serviço social avaliou que “não havia motivos para preocupação”, recusando-se a investigar o caso — mais tarde, o órgão justificou que seus agentes estavam “ocupados com reuniões de estratégia”.
Foi revelado também que Rachel levou o menino a um pronto-socorro quando ele estava com problemas para respirar, mas a mãe ignorou as perguntas do médico sobre os hematomas que o pequeno tinha na cabeça.
Segundo o Daily Mail, um relatório criticou as agências de serviço social por não tomarem nenhuma atitude em relação aos alertas, concluindo que Slater estava “em perigo” nas 24 horas que antecederam sua morte.
“O pai da criança, que morou com ele em seus primeiros dez meses de vida, e que tomou conta dele todas as noites nos últimos três meses, não foi ouvido”, diz o relatório.
Um porta-voz do serviço social de Durham se desculpou pela falha e disse que não era possível prever a morte do menino.
Fran Gosling Thomas, diretora da organização, disse que o serviço social “deseja oferecer suas sinceras condolências aos membros da família”. Segundo ela, a morte de Slater “sublinhou erros em relação ao método de avaliação, erros de comunicação e conduta de vários agentes”.
— A família não teve a oportunidade de contribuir para a avaliação do caso da criança.
Rachel Peacock, de 31 anos, foi julgada na corte de Newcastle e declarada culpada por crueldade. Mãe da criança, ela foi sentenciada a 12 meses de trabalho comunitário.
O namorado dela alegou que deixou o bebê na sala e o encontrou mais tarde inconsciente. Ele foi condenado a sete anos e meio de prisão por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.