O ex-servidor público Patrick Ricardo Almada da Silva, de 28 anos, preso sob acusação de produzir os vídeos pornográficos infantis, não pagou a fiança de R$ 50 mil e foi transferido para o Anexo 1 da Penitenciária Central do Estado, que funciona no prédio da Polinter, no Jardim Centro América, na Capital.
Policiais da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente da Capital informaram que aguardaram o pagamento até o início da noite de sexta-feira (25), mas os familiares não conseguiram arrecadar a quantia.
“É uma fiança alta, como a situação requer, e não é fácil conseguir esse dinheiro. Agora, ele poderá pagar em juízo”, observou um policial plantonista.
Formado em Direito e cursando Informática, Ricardo tem direito a prisão especial. Ele trabalhou na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) até fevereiro do ano passado.
Na casa dele, na Avenida Filinto Müller, no bairro Duque de Caxias, os policiais apreenderam 1,5 mil vídeos pornográficos armazenados em seu computador.
Desse total, 500 vídeos foram produzidos com crianças e 10 focavam as partes íntimas das vítimas.
Segundo os policiais, ele produzia os vídeos usando um celular e uma filmadora. Os filmes estavam armazenados também num notebook, que foi apreendido.
Na casa, havia câmeras instaladas em vários locais e seriam usadas para gravar as crianças.
Entre as vítimas, segundo a Polícia Civil, há meninas de cinco a 14 anos. Elas ainda serão ouvidas na delegacia, para onde foi levado o material apreendido.
Segundo os policiais, Patrick Almada será autuado pelo artigo 240, do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta como crime a produção de pornografia infantil.