O julgamento de Bruno Fernandes, Luiz Henrique Romão e Fernanda Gomes, acusados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, entra no terceiro dia nesta quarta-feira (21) com dois réus a menos e dez testemunhas dispensadas desde o primeiro dia. O júri popular, que inicialmente duraria entre 10 e 15 dias, agora pode ser finalizado neste fim de semana, segundo estimativa do promotor Henry Wagner Vasconcelos.
— Acreditamos que os debates ocorram entre sexta e sábado, seguidos pela decisão dos jurados.
Guerra de nervos, polêmica e manobras de advogados para tentar adiar o júri provocaram o desmembramento do processo de dois réus, que agora vão ser julgados em data ainda indefinida. Como cada um teria direito a cinco testemunhas de defesa, estas pessoas automaticamente foram dispensadas.
O promotor já havia adiantado, na segunda (19), que sem os três advogados de Bola, principalmente Ercio Quaresma, o julgamento teria duração menor que o previsto. Segundo ele, os advogados não queriam que o julgamento ocorresse e, por isso, fariam o que fosse possível para tumultuá-lo.
— Tenho certeza de que os trabalhos vão se realizar com mais tranquilidade sem os defensores dele. Temos percepção de concluir ainda nesta semana os trabalhos, com a certeza da condenação dos demais réus.
Gafes e mais um desembramento
O segundo dia de julgamento começou com o desmembramento do processo de Dayanne, ex-mulher de Bruno. O goleiro pediu para destituir seu advogado, Rui Pimenta, mas afirmou que continuaria com Francisco Simim. Em seguida, tentou destituir também este defensor, mas foi impedido pela juíza Marixa Fabiane, que considerou o fato como clara estratégia para adiar o julgamento. Como Simim também defende Dayanne, haveria conflito caso um dos réus acusasse o outro.
Tiago Lenoir foi constituído como novo advogado de Bruno no início da tarde. A descoberta da conta dodefensor no Twitter, no entanto, provocou constrangimentos nos bastidores. Na segunda, ele defendeu que Bruno assumisse o crime.
— O Bruno e Macarrão deveriam confessar o crime de homicídio e negar a ocultação de cadáver e sequestro. Daí pega (sic) 6 anos e volta a jogar bola.
Em outro trecho, chegou a apostar uma caixa de cerveja como Bruno seria condenado a 38 anos de prisão caso a defesa continuasse sustentando que Eliza estaria viva.
— Na prática a defesa vai continuar falando asneiras e o Bruno será condenado a mais de 38 anos. Aposto uma cx de cerveja. (sic).