Demitida no início de agosto depois de um vídeo erótico que vazou e se espalhou pelo Congresso Nacional e foi parar na internet, a advogada e ex-assessora parlamentar Denise Rocha classificou o Parlamento brasileiro como machista em entrevista ao R7.
— O Congresso brasileiro demonstrou ser machista com o que aconteceu comigo. Se fosse um homem [no vídeo], dificilmente seria demitido.
Capa da Playboy de setembro, Denise, que ficou conhecida como a Furacão da CPI, reafirmou que vai usar o dinheiro do ensaio sensual para pagar seus defensores.
— Eu já tinha dito isso, de que vou usar o dinheiro do cachê da revista para pagar os peritos e advogados que trabalham no caso.
Denise, que trabalhava para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ganhou fama na mídia brasileira em agosto, depois que umvídeo íntimo dela vazou e virou assunto entre parlamentares e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira no Congresso.
Há cerca de uma semana, Denise falou com o R7 e disse que, apesar da exoneração do cargo de assessora, já foi procurada por deputados e senadores para voltar a trabalhar no Congresso. Agora, no entanto, a Furacão da CPI diz só pensar em divulgar o ensaio que fez para principal revista masculina do País.
Para encontrar o responsável por vazar o vídeo no Congresso,Denise foi atrás de uma defensora especializada em crimes deinternet — a advogada Mariana Kreimer — e disse que, apesar de poder ajudar profissionalmente no processo por ser da área, se limita a divulgar o ensaio sensual no momento.
— Pessoalmente, não estou ajudando a investigar o caso. Contratei uma advogada criminalista, que tem uma equipe muito boa, para trabalhar em cima do caso, especificamente. Essa não é minha área. Trabalhei nas áreas tributária, eleitoral, cível.
A investigação do vazamento do vídeo íntimo depende da Polícia Civil do Distrito Federal, que está em greve. Segundo a ex-assessora, o vídeo foi produzido em um apartamento com um policial em 2006. Ela não ficou com as imagens e não sabe como elas vazaram depois de tanto tempo.
Silicone
Durante as divulgações da revista pelas cidades brasileiras, Denise chama a atenção pelas curvas. Apesar da dúvida de dez em cada dez fãs, a ex-assessora afirmou com bom humor que não colocou prótese de silicone após a publicação da revista.
— Vocês, que são da imprensa, sabem mais que eu que, quando alguém faz um trabalho da Playboy, a agenda é pesada. Como eu iria colocar uma prótese se eu tenho um contrato a cumprir? Eu simplesmente não paro em Brasília. Colocar silicone não é igual a escovar os dentes!
Furacão da CPI chama Congresso de machista e reafirma que vai usar cachê de revista para pagar advogados
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