O triunfo de virada por 2 a 1 sobre o Coritiba fez justiça na visão do técnico do Corinthians, Tite. Segundo ele, o revés parcial no primeiro tempo – com gol no último lance, aos 46 minutos – não traduziria a atuação no Couto Pereira.
"Não seria merecido sair do jogo com a derrota do primeiro tempo. Nosso time dominou, botou volume, criou oportunidades. Sofremos o gol em uma jogada de velocidade, de contra-ataque, porque não recompomos a marcação rapidamente. O segundo tempo veio, botamos volume, fizemos as modificações pra impor ritmo maior, e a utilização do banco deu acréscimo à equipe para sair com a vitória", avaliou.
A virada foi construída com gols de Paulinho e de Romarinho, aos 20 e aos 45 minutos da etapa final respectivamente. O segundo tento findou jejum de nove partidas do atacante, que não balançava a rede desde a ida da decisão da Copa Libertadores, diante do Boca Juniors, em La Bombonera.
"Tenho dificuldade em conceituar ataque, porque ataque constrói. O Barcelona joga sem nenhum atacante, quando não tem o Villa. E o Paulinho surpreende porque homens da frente atraem a marcação. Era muito fácil pegar Paolo (Guerrero) e Martínez e jogá-los para dentro da equipe, mas não é assim que se faz. Tem de ser aos poucos", acrescentou Tite.
Após o bom resultado em Curitiba, que ampliou para oito rodadas a sequência invicta noBrasileiro, o Corinthians volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta o Internacional, no Pacaembu. Na ocasião, o time não terá Paulinho nem os peruanos Guerrero e Luis Ramírez, convocados para servir suas respectivas seleções nacionais. Também não atua Romarinho, suspenso.
"Quando o Inter pediu adiamento, nós também queríamos, porque perdemos três jogadores. Isso prejudica. Faz igual para todos, para o campeonato para todos. Se convocar três, para o calendário, porque isso é o correto", desabafou o treinador corintiano, ainda na capital paranaense.