Paciência levou Cássio de terceiro goleiro a herói do título corintiano

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Quando Cássio chegou ao Corinthians, no fim de 2011, vindo do PSV, da Holanda, pouca gente o conhecia. O arqueiro de 24 anos, revelado pelo Grêmio, ficou pouco tempo no Brasil e pouco atuou tanto no time gaúcho quanto no holandês. Em seis meses, ele passou de terceiro goleiro a herói do título da Libertadores, entrando no panteão de ídolos do clube do Parque São Jorge.

Cássio teve uma recepção discreta no Corinthians. Na época, Julio Cesar estava em alta pelo bom desempenho no título do Campeonato Brasileiro de 2011. Além disso, o peso de ser cria da casa influenciava muito com a torcida. Enquanto isso, Cássio seguia treinando pacientemente, sem reclamar, e não era nem a segunda opção para a meta alvinegra. O posto de reserva imediato era de Danilo Fernandes.

Porém, as coisas começaram a mudar quando ele fez sua estreia contra o XV de Piracicaba, pelo Paulista. A boa atuação não passou despercebida. Foi justamente nesse período que Julio Cesar começou a falhar novamente. A gota d’água foi a péssima partida nas quartas de final do Estadual, contra a Ponte Preta. 

A partir daí, Cássio, pela sua frieza debaixo das traves e bom desempenho nos treinos, foi alçado ao posto de titular na primeira partida das oitavas de final da Libertadores, contra o Emelec, fora de casa. Excelentes atuações em sequência o transformaram em ídolo alvinegro, principalmente após fazer um milagre no Pacaembu, contra o Vasco, cara a cara com Diego Souza.



Ainda antes da decisão contra o Boca Juniors e da glorificação definitiva, Cássio falou sobre a mudança pela qual estava passando, prestes a entrar para a história do clube do clube do Parque São Jorge como ídolo.

— Estou vivendo o momento, sei que mudou bastante, sai na rua, tem o carinho das pessoas, que pedem para tirar foto, e isso é muito bom. Mas tem de ter tranquilidade, saber que precisa continuar jogando para as coisas continuarem assim e para chegar ao objetivo que é ser um ídolo do Corinthians.

Ao final do jogo de quarta-feira (4), que terminou com vitória alvinegra por 2 a 0, Cássio, que foi pouco exigido pelos argentinos, elegeu seu melhor momento na competição.

— Foi, sem dúvida, a defesa nos pés do Diego Souza [no mesmo Pacaembu, nas quartas de final]. Ela foi inesquecível.

Agora, o Corinthians tentará se reerguer no Brasileiro – está na 19ª posição, com um jogo a menos –, enquanto se prepara para disputar o inédito Mundial de Clubes, sonhando em enfrentar o poderoso Chelsea, da Inglaterra, em uma possível final da competição.

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EPISÓDIO 1

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