Após saída de Ronaldinho, Flamengo decreta fim da ‘bagunça’

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No último semestre do seu mandato, Patricia Amorim pretende colocar em prática uma das suas promessas de campanha e que nunca conseguiu cumprir: disciplinar o futebol rubro-negro. A saída de Ronaldinho Gaúcho foi a senha para que Zinho, homem forte do futebol, consiga findar a “bagunça” na Gávea.

Ao menos essa foi a palavra que o diretor executivo de futebol usou para falar sobre o que encontrou há três semanas, quando aceitou o desafio de comandar o departamento rubro-negro.

Usando Ronaldinho Gaúcho como exemplo a não ser seguido, o ex-jogador falou com firmeza, certo de que terá mais tranquilidade para gerir o elenco.

 


– Desde que cheguei fui bem objetivo com todos os atletas, e assim agi com o Ronaldinho. Fui bem direto com ele na frente de todos os jogadores e da comissão técnica. Avisei que não iria permitir qualquer desvio que manchasse a instituição. Acabou a bagunça, acabou a festa. Fui claro e disse que quem quer fica, quem não quer pede para sair.

Ronaldinho Gaúcho “pediu para sair” ao entrar com ação no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro na última quinta-feira (31). O astro cobra 40 milhões de reais do Flamengo e teve seu contrato rescindido.

– O Ronaldinho cometeu a indisciplina de não aparecer para viajar [ao Piauí para amistoso]. Para a nossa surpresa, ouve essa antecipação dele com pessoas que o assessoram e ele pediu o desligamento. Nós entramos para um profissionalismo e a corda apertou mesmo, não tinha mais conversa fiada, regalia para ninguém. Acredito que esse foi um dos motivos que o fizeram tomar essa atitude de sair. Como disse a presidente [Patricia Amorim], pelas portas dos fundos.



Em 2012, os atrasos a treinos de Ronaldinho Gaúcho se tornaram constantes. O jogador passou a ir mal também nos jogos e, na sua última partida pelo Flamengo, no empate por 3 a 3 contra o Internacional, foi muito vaiado e substituído no segundo tempo pelo técnico Joel Santana.

– Sempre o chamei para conversar, para motivá-lo, acreditando no ser humano, que ele poderia render e ser útil. Isso infelizmente não aconteceu. Então quem errou com o departamento de futebol foi o Ronaldinho, não o contrário. Não teve uma conduta profissional. Isso é inadmissível. Nenhum atleta é mais importante que o nome Flamengo. 

Antes de Ronaldinho Gaúcho, o volante Willians, outro que cometia constantes atos de indisciplina, foi negociado para a Udinese (ITA). 

Sem os mais “rebeldes”, o Flamengo tentará colocar ordem na casa neste início de Brasileirão. Mas, ao mesmo tempo, mantém o interesse em Adriano, que saiu da Gávea em 2010 deixando péssima imagem para a atual diretoria.

O Imperador operou o tornozelo esquerdo com médicos do clube e realiza fisioterapia com profissionais rubro-negros. Se levar a sério o tratamento, deverá ter um contrato oferecido pelo Flamengo.

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