Desde que chegou ao Flamengo, em outubro de 2010, Vanderlei Luxemburgo sempre traçou metas. Foi feliz em algumas e infelizes em outras, mas nunca largou nada pelo meio do caminho. Mas agora, cada dia mais esvaziado pela diretoria, deve deixar de cumprir o último objetivo traçado.
Completamente isolado no clube desde o fim da semana passada, tem sua saída dada como certa por muitos na Gávea após o jogo de ida da Pré-Libertadores, contra o Real Potosí (BOL), na próxima quarta-feira (25).
Caso isso se concretize, deixaria de participar do confronto de volta, no Engenhão, dia 1º de fevereiro. Durante o último fim de semana, quando estourou a crise rubro-negra, o treinador evitou comentá-la e disse que os assuntos internos só viriam à tona após classificar a equipe à fase de grupos.
Porém, deverá não estar mais no clube quando a situação da Libertadores for definida. Além do atrito com Ronaldinho Gaúcho, astro da equipe, o técnico bateu de frente com Michel Levy, vice de finanças.
A discussão, via imprensa e com o pedido de Patricia Amorim para que “se calasse”, foi a gota d’água. Ali, o comandante sentiu não ter mais o respaldo da mandatária, que está ao lado de Ronaldinho e Michel Levy.
Os dirigentes, por enquanto, só não sabem como Luxemburgo irá sair. Se irá entregar o cargo após a partida, como forma de mostrar para a torcida que “saiu porque quis”, ou se aguardará o retorno ao Rio de Janeiro e ter uma esperada e definitiva conversa com os diretores.
Essa é a terceira passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo Flamengo. Nas outras duas, em 1991 e 1995, saiu de forma conturbada, sendo demitido. Na primeira, reclamou que não tinha bolas para treinar. Na segunda, perdeu queda de braço com Romário.