Ainda deve se estender por três meses o processo de venda do Grupo Rede Energia, controlador de nove distribuidoras estaduais de energia no país – entre elas, a Cemat (Centrais Elétricas Mato-grossenses) e a Enersul, de Mato Grosso do Sul.
A estimativa foi feita pela agência de notícias Reuters, em reportagem que ouviu uma fonte próxima à negociação.
"O processo está numa segunda fase, das propostas vinculativas. A expectativa é de que essa fase aconteça até início de março… Depois disso, acho que pode levar mais duas a três semanas", disse a fonte, segundo a reportagem.
Três grupos são apontados como possíveis compradores da companhia: a chinesa State Grid, a multinacional canadense Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) e a CPFL.
Oficialmente, as empresas nada disseram. A State Grid declarou apenas que "sempre avalia todas as oportunidades interessantes para o crescimento no Brasil". A Brookfield e a CPFL não comentaram a negociação.
Segundo a Reuters, foram colocados à venda 54% das ações da companhia. O motivo seria uma dívida total superior a R$ 5 bilhões.
"A saúde financeira da companhia está muito frágil", disse a fonte ouvida pela Reuters.
O Grupo Rede é controlado pelo empresário Jorge Queiróz, mas tem entre seus acionistas o Fundo de Investimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o BNDESPar, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).