Sem uma alternativa viável para a disputa à Prefeitura de Várzea Grande, o senador Jayme Campos (DEM) está determinado a entrar no páreo pela sobrevivência do seu grupo político.
Ele ficou irritado com o esfacelamento do DEM na Câmara Municipal. De uma só vez perdeu toda a bancada, composta até então por 4 parlamentares.
O presidente Maninho de Barros, Chico Curvo, Baiano Pereira, Isabela Guimarães, além do suplente Edil Moreira e a professora Eucaris de Arruda migraram para o PSD do prefeito Tião da Zaeli.
A cúpula do DEM alerta o senador de que ele será a única esperança do partido reconquistar o Paço Couto Magalhães.
Jayme foi prefeito por 3 mandatos, sendo 2 consecutivos. Ocupou também a cadeira de governador. No Senado, seu mandato se estende até 2014.
O cacique do DEM nada tem a perder. Se vier a concorrer à sucessão em Várzea Grande, nem precisará renunciar ao mandato. Isso só ocorreria em caso de vitória nas urnas. Jayme é uma figura folclórica e populista. Se nome figura nas intenções de voto como preferido.
Sem ele no páreo, o quadro fica embolado e inclusive motiva outros nomes a concorrer. Nem mesmo o deputado federal Júlio Campos, que foi governador e começou como prefeito de Várzea Grande, detém o carisma do irmão.
O grupo entende que dificilmente haveria transferência de voto caso Jayme lance outro nome, mesmo que seja de um membro da família, que comandou o município por 4 décadas.