Os mato-grossenses estão morrendo mais em acidentes envolvendo motocicleta. É o que aponta o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010 revelam: em Mato Grosso, o número de óbitos totalizou 1.085, sendo 379 causados porr acidentes de motos, só no ano passado.
Isso significa que, de cada três mortes no trânsito, em um dos casos, alguém estava pilotando ou na garupa de uma motocicleta. No índice nacional, as motos mataram 25% das vítimas fatais em trânsito. Foram 40.610 pessoas mortas, em 2010.
A escalada das mortes no trânsito também mostra que o número de vítimas fatais envolvendo motociclistas e caronas é maior do que no geral. Enquanto em 2002 Mato Grosso registrou 852 óbitos, o ano passado fechou com um total de .1085, com um aumento de 22%.
Já as mortes envolvendo motociclistas aumentou mais de 250%, saltando de 145 para 379, um número que é refletido, inclusive, nos pronto-socorros de Cuiabá e Várzea Grande, onde 90% dos atendimentos de emergências são pessoas que se envolveram em acidentes. Ou pilotavam moto ou estavam de carona.
“Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele observou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o quinto lugar em ocorrências como essas.
“Estamos atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia”, completou o ministro, que comemorou importante decisão do Supremo Tribunal Federal.
Por unanimidade, a Segunda Turma do STF entendeu que o motorista que dirigir alcoolizado está cometendo crime, mesmo se não causar danos a outras pessoas. “Este é um grande avanço e, certamente, vai contribuir para a redução das tristes estatísticas no trânsito”, reforçou Padilha.
Nas rodovias
Os acidentes envolvendo motos não estão somente na zona urbana. As rodovias também são responsáveis pela maior parte das mortes.
Na sexta-feira (4), na BR-163, a estudante universitária Sílvia Rodrigues morreu, 30, após colidir com uma carreta.
Próximo dali, a jovem Maria dos Anjos da Silva, 18, também estava num veículo de duas rodas, mais precisamente uma bicicleta. Ela morreu atropelada por um veículo, quando passava por uma ponte próximo de Jangada.