O secretário estadual de Saúde Pedro Henry (PP) vai recorrer de decisão judicial que determinou a suspensão do contrato com a Organização Social (OS) Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas), que administra o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. Apesar disso, ele aguarda o parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para saber qual recurso legal será impetrado.
Inconformado com a decisão, Henry criticou o Conselho Regional de Medicina (CRM), autor da ação. Segundo ele, esse modelo administrativo acontece em mais de 100 cidades brasileiras. Henry questiona o porque do CRM e da Justiça se posicionarem somente no caso do Metropolitano.
Henry questiona ainda o porque dessa decisão não ter sido tomada antes que o Ipas assumisse a unidade. "O objetivo deles é levar o descrédito para a sociedade deste tipo de parceria. Há um movimento orquestrado para acabar com o metropolitano", afirmou.
Até receber a manifestação da PGE, Henry irá suspender a divulgação de edital para a concorrência pública em dois hospitais no interior, o de Colíder e Sorriso. Eles seriam divulgados nesta semana.
Outro processo de terceirização dos serviços de Saúde que deve esperar a análise da Procuradoria para seguir adiante é o do Pronto Socorro de Cuiabá. O secretário afirma que o acordo entre prefeitura e governo já está bem avançado.
Apesar da cautela, Henry decidiu manter a parceria nos hospitais regionais de Rondonópolis, onde a OS São Camilo administra desde o dia 1° de agosto, e de Cáceres, onde a Santa Catarina assina contrato nesta semana e assume a unidade a partir de 1° de outubro.
Mais leitos
O secretário anunciou ainda a transformação de uma unidade desativada no Hospital Universitário Júlio Müller em UTI pediátrica, com 10 novos leitos para cirurgias cardíacadas e neurológicas.