O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que está nos Estados Unidos para participar da Conferência da ONU (Nações Unidas) sobre doenças crônicas não transmissíveis, disse neste domingo (18) que o Brasil irá mostrar que não há como comparar o seu sistema público de saúde com o de outros países.
Ele destacou a importância e as características do SUS (Sistema Único de Saúde), que presta atendimento universal para mais de 100 milhões de pessoas independentemente da classe social.
Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff falará sobre os desafios que os países enfrentam no setor de saúde, durante o discurso que fará na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
O Brasil também mostrará experiências como o Saúde não tem Preço, que distribui remédios gratuitos para hipertensos e diabéticos, e o Academia de Saúde, cujo objetivo é contribuir para a promoção da saúde a partir da implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física.
O Brasil irá propor ainda, durante a reunião do grupo conhecido como Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul), na terça-feira (20), ações articuladas para o setor. A mesma proposta será levada a integrantes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). O objetivo é procurar a redução de custo na compra de medicamentos e ações combinadas para a produção com a troca de tecnologias.
Esta será a segunda vez na história em que a Assembleia Geral da ONU discutirá um tema relacionado à saúde. Anteriormente, a Aids também foi abordada. Em maio deste ano, em reunião realizada durante a 64ª Assembleia Mundial da Saúde, ministros da Saúde do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) defenderam que o combate às doenças crônicas seja feito em conjunto com o enfrentamento das desigualdades sociais.