Mato Grosso tem seis juízes ameaçados de morte

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Mato Grosso está entre os primeiros, na relação de Estados que têm magistrados ameaçados de morte pelo crimeorganizado: é o quarto nesse tipo de ocorrência, com seis juízes ameaçados de morte, sendo um deles com escolta pessoal.

Pelo menos 100 magistrados têm a vida ameaçada atualmente, segundo dados atualizados na tarde de sexta-feira (12) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Os dados foram informados pelos tribunais a pedido da Corrredoria Nacional de Justiça. No entanto, alguns tribunais ainda não encaminharam informações – o que sugere que este número é maior.

 De acordo com as informações prestadas pelos tribunais, há 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situações de risco e 42 juízes escoltados. Muitos magistrados se enquadram em duas situações ao mesmo tempo – ameaçados com escolta, ou em situação de risco com escolta, por exemplo. 

O Estado do Paraná é o que mais apresenta juízes ameaçados: são 30, conforme o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), seguido pelo Estado do Rio de Janeiro, que possui 13 juízes nessa situação. 

Confira o quadro detalhado com os magistrados ameaçados por Estado.  

Um dos magistrados ameaçados de morte é da Vara Criminal em Várzea Grande,  no mês de junho passado, que anda com segurança, dia e noite, em função de supostas ameaças de policiais militares exonerados por decisão dele. 

No final de junho, o juiz deu uma entrevista coletiva dizendo que, sem segurança, não há possibilidade de trabalhar. 

Na coletiva, o juiz destacou que seu nome esta sob encomenda. No início deste ano, seu sítio foi invadido por homem que estava procurando por ele. O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, afirmou que repudia todas as tentativas de organizações criminosas de intimidar juízes e desembargadores do Estado. 

Em entrevista, presidente do TJ informou que os magistrados contam com a Coordenadoria Militar do TJMT e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para dar todo o suporte aos que se sentirem ameaçados. Como a coordenadoria não tem efetivo suficiente para isso, a Sesp sempre se dispôs a dar o auxílio necessário. 

Santos Filho destacou que o juiz sabe que essa forma de coibir o trabalho faz parte da atividade e que ele não "esmorece" diante desses fatos, já que a sociedade conta com isso. 

Juíza executada

Na sexta-feira, a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), foi executada enquanto voltava para casa, na madrugada de sexta-feira. Os assassinos, segundo testemunhas, estavam em dois veículos e duas motos quando dispararam contra a juíza. As armas usadas eram de calibres .40 e .45.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que a juíza dispensou a escolta em 2007 porque o seu companheiro é militar e poderia fazer o trabalho. No entanto, conforme divulgou a Folha de S.Paulo, familiares disseram que a proteção foi negada na época. 

Com informações do CNJ e do Diário de Cuiabá

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