As investigações sobre as motivações do assassinato do prefeito Antônio Luiz Cesar de Castro (DEM), o "Luizão", de Nova Canaã (699 km ao Norte de Cuiabá), vão em "segredo de Justiça". A informação é de uma fonte da Polícia Judiciária Civil, disse que as investigações estão em uma fase bem adiantada.
As investigações seguem em linhas distintas:uma relacionada a negócios do prefeito e outra, ligada a questões políticas. "Não podemos afirmar que houve motivação política no caso. Nada é descartado, o inquérito corre em segredo para que as investigações não sejam prejudicadas", disse a fonte.
Os delegados continuam ouvindo testemunhas. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas, no processo de investigação do assassinato.
São responsáveis pelas investigações os delegados Rogério Malacarne da Costa, que responde pela delegacia local, Carlos Eduardo Muniz, de Guarantã do Norte, e Sérgio Ribeiro Araújo, de Colíder.
O prefeito Luizão foi morto com sete tiros, por volta das 22 horas da última sexta-feira (5). Ele estava em uma festa, no Clube do Laço, quando foi abordado por um homem encapuzado, que disparou sete tiros à queima-roupa. O político morreu na hora.
Novo prefeito
A cidade de Nova Canaã do Norte já tem novo prefeito. O vice Vicente Medeiros (PMDB) foi empossado na noite de quarta-feira (10), em uma cerimônia simples.
O secretário de Administração, Izaru Belarmino Leite, disse que a Prefeitura tem realizado apenas trabalhos administrativos, e que toda a rotina local ficou abalada após o assassinato do titular do cargo.
"Ainda não caiu a nossa ficha, totalmente. Estamos muito abalados e retomando os trabalhos para que a cidade não seja mais prejudicada. O novo prefeito está se adequando à nova função para representar e liderar Nova Canaã do Norte", disse Leite.
Segundo as informações, Vicente e Luizão eram amigos há mais de 30 anos e, juntos, integravam um grupo de pioneiros de Nova Canaã do Norte.
Luizão é o segundo prefeito a ser assassinado, em menos de um mês, em Mato Grosso. Valdemir Antonio da Silva, de Novo Santo Antônio (Vale do Araguaia, no Nordeste de Mato Grosso), foi executado a tiros, no último dia 24 de julho, em sua residência.