Governador Silval Barbosa fecha diálogo com grevistas e decide ir contra Poder Legislativo, sob José Riva
Há 17 meses na cadeira de governador, sendo 8 do novo mandato, Silval Barbosa (PMDB) enfrenta a primeira crise com o Poder Legislativo motivado pelas greves contínuas de servidores de diferentes órgãos e secretarias. O clima ficou tenso entre os Poderes por causa da posição do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, porta-voz da categoria grevista, que insiste que o governador deve recuar da decisão e só dialogar com os servidores que paralisaram os trabalhos se eles suspenderem a greve.
Estão com os braços cruzados hoje os policiais civis, servidores do Detran e da secretaria de Meio Ambiente (Sema). Antes, entraram na onda das greves, mas logo retornaram ao trabalho funcionários da Empaer e da Educação.
Nesta quarta (3), agentes da Polícia Civil e funcionários da Sema e do Detran lotam as galerias da Assembleia na tentativa de pressionar os deputados a cobrar providências de Silval. Porém, o chefe do Executivo não demonstra disposição em ceder, pois a própria Justiça Estadual decretou a ilegalidade das greves dos servidores da Sema e Polícia Civil.
Silval, por enquanto, resolveu peitar Riva. Trata-se de uma posição de coragem considerando que o parlamentar, novo cacique do PSD no Estado, tem o controle das ações da maioria dos 24 deputados. Se virar mesmo opositor ao Palácio Paiaguás, Riva dará muito trabalho ao governo.
Por outro lado, Silval, que também é mais político do que técnico, terá mostrado autonomia e pulso firme, o que tem faltado hoje ao chefe do Executivo.